O hipista Pedro Veniss, de 41 anos, foi eliminado da disputa de saltos do hipismo porque foi detectado um sangramento no animal causado por esporas após a execução da prova nesta quinta-feira (1).

A inspeção identificou o ferimento durante a ducha do cavalo Nimrod de Muze, que acontece depois do percurso. Veniss também foi retirado da disputa individual.

Por ser quase imperceptível e com menos de 1 cm, o machucado não foi visto na saída da prova.  

No hipismo, sangramentos que decorrem de acidentes são tolerados, como quando uma pata bate na outra. 

Mas ferimentos que decorrem do hipista, com uso de embocaduras, esporas ou chicotes, levam à penalização.

O Brasil tentou entrar com recurso para reverter a decisão, mas a tentativa foi negada.  

Família hipista

Nascido em São Paulo, mas morador de Barcelona, na Espanha, Veniss começou a andar de cavalo aos cinco anos de idade. 

Ele começou na modalidade por conta da família e, desde pequeno, sabia que queria seguir carreira no hipismo.

"Comecei a cavalgar sob a supervisão do meu avô, passando por todas as categorias juniores", conta.  

Sua referência no esporte é o saltador de hipismo Nelson Pessoa, primeiro cavaleiro civil brasileiro a ter sucesso em competições internacionais, quando o hipismo no Brasil ainda era um esporte conhecido por ser militar. Pessoa participou de cinco Olimpíadas (1956, 1964, 1968, 1972 e 1992).

Ele se mudou para a Europa aos 18 anos, depois de acordar com seus pais que poderia viajar por um ano antes de começar os estudos na universidade. 

Ele acabou ficando no continente para treinar hipismo. Em 2017, ele se mudou da Bélgica para a Espanha.

Paris-2024 é a terceira Olimpíada em que o atleta participa. Seu melhor desempenho foi na Rio-2016, quando terminou em quinto na equipe de salto.