Nadadora vibra com final inédita em Paris após superar tumores: "Sonhar grande"

Bia Dizotti foi a primeira brasileira a disputar 1.500m livres na natação; ela terminou na 7ª posição

Vinícius Batista, em Paris

Nadadora vibra com final inédita em Paris após superar tumores: "Sonhar grande"
Bia Dizotti em ação na natação da Olimpíada de Paris 2024
LUIZA MORAES/COB

Beatriz Dizotti foi a sétima colocada nos 1.500m livres da natação e fez história na Olimpíada de Paris 2024. A nadadora se tornou a primeira brasileira a se classificar para a decisão desta prova, e ela conseguiu o feito depois de superar problemas de saúde durante o ciclo olímpico.

Aos 24 anos, Bia Dizotti passou por cirurgias para a retirada de tumores no ovário nos últimos dois anos, o que a afastou das piscinas em alguns momentos. O último procedimento foi em dezembro do ano passado, mas ela conseguiu se recuperar a tempo do Mundial de Doha, onde conquistou a vaga para Paris.

“Na Olimpíada passada, nos mesmo 1500m, eu fiquei em 24º, eu não nadei bem. Na época eu não treinava com meu técnico atual, e quando eu comecei a treinar com ele eu falei: ‘Eu não quero ir para uma Olimpíada para ficar em 24º, para não entrar na final’. No alto rendimento, a gente nunca está satisfeita, quer sempre mais. Então é um passo de cada vez, sonhar cada vez mais alto”, disse a atleta para a reportagem da Band depois da prova final nos 1.500m, já pensando no próximo ciclo.

Em 2021, fiquei em 24º, em 2024 foi sétimo, sonhar grande para 2028 - Bia Dizotti.

“Eu acho que pode ser orgulho [o sentimento após a prova], mas no alto rendimento a gente é muito imediatista. A gente quer sempre mais. Mesmo que tenha sido difícil [o problema de saúde antes da Olimpíada], e a gente não pode esquecer, para mim a gente vira a página e segue em frente”, disse Bia Dizotti.

A brasileira fez o tempo de 16min02s86 na decisão dos 1.500m. A norte-americana Katie Ledecky, favorita na modalidade, venceu com folga, colocando pouco mais de 10 segundos para ficar com o ouro.

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