A Alemanha ficou com o bronze no futebol feminino da Olimpíada de Paris 2024 graças à goleira Ann-Katrin Berger, que defendeu um pênalti no último minuto da partida contra a Espanha, nesta sexta-feira (9), e garantiu o triunfo por 1 a 0.

A heroína da Alemanha na Olimpíada, que já tinha sido destaque nas quartas de final, diante do Canadá, com dois pênaltis defendidos e um convertido, já superou dois diagnósticos de câncer na tireoide ao longo da carreira.

Na verdade, gosto muito de falar sobre isso. É um assunto sobre o qual ninguém gosta de falar, mas na minha posição acho que posso ajudar as pessoas. Não estou sentada aqui dizendo que tudo foi fácil, porque não é, mas seja qual for seu foco principal - e o meu era futebol - você pode alcançar tudo o que quiser - Berger, em entrevista para a BBC em 2023.

Aos 33 anos, Berger recebeu o primeiro diagnóstico do câncer em 2017. Ela precisou se afastar para fazer cirurgia e o tratamento, mas retornou ao time titular do Birmigham, da Inglaterra, à época.

Ela voltou a atuar em alto nível e foi contratada pelo Chelsea na temporada 2018/19.

O novo diagnóstico do câncer aconteceu em agosto de 2022, pouco depois da disputa da Eurocopa feminina. Berger novamente se afastou dos gramados, fez o tratamento e retornou à meta do time inglês.

Ela pontuou, à época, que a disputa da Euro a ajudou psicologicamente. “Foi um ano difícil, mas eu saí mais forte. Estar em uma Euro [quando] ninguém sabia [que o câncer havia voltado]… A emoção da Euro tirou a parte negativa do meu cérebro”, disse a goleira alemã em entrevista para a BBC em fevereiro de 2023.

“Foi um bom ano [2022]. Não deixei minha doença aparecer e dizer: ‘Ei, você não deve ter um bom ano porque estou de volta’”, disse a atleta.