Quais são as regras do surfe olímpico, que teve polêmica com Medina em Tóquio

Modalidade aparece nos Jogos Olímpicos pela segunda vez; entenda como funciona

Da redação

Gabriel Medina em treino em Teahupo'o para Olimpíada de Paris 2024
William Lucas/COB

Presente nos Jogos Olímpicos pela segunda vez, o surfe da Olimpíada 2024 não será em Paris, e sim em Teahupo'o, no Taiti (Polinésia Francesa) – o local escolhido é inclusive motivo de preocupação entre os atletas.

As provas do surfe em Paris 2024 acontecerão em quatro dias, dentro de uma janela de dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto). A modalidade depende de condições climáticas para acontecer.

O Brasil tem seis representantes em Paris, e a modalidade é uma das esperanças de medalha para o Time Brasil. Filipe Toledo, Gabriel Medina e João Chianca disputarão a competição entre os homens, enquanto Luana Silva, Tainá Hinckel e Tatiana Weston-Webb representam o país no feminino.

Regras do surfe olímpico

O surfe é disputado em baterias de 30 minutos. Em Teahupo'o, serão 24 atletas no masculino e 24 no feminino, divididos em oito baterias com três surfistas cada na primeira rodada.

O vencedor de cada bateria na rodada 1 avança para as oitavas de final (rodada 3), enquanto os outros dois disputam uma repescagem. Daí em diante, a competição segue no formato mata-mata, no um contra um, até a final.

Durante as baterias, os surfistas são avaliados pelas ondas surfadas. Assim como no Mundial de surfe, cinco árbitros dão notas para cada onda completada.

A melhor e a pior nota são descartadas, e é feito uma média com as três restantes. As duas melhores ondas são somadas e estabelecem a pontuação do atleta dentro da bateria.

Notas no surfe são subjetivas?

Devido à natureza do esporte, a pontuação no surfe não é algo exato como acontece em outros esportes. Ainda assim, há elementos pré-estabelecidos para o julgamento dos árbitros.

Compromisso e dificuldade dentro da onda; inovação e progressão; variedade; combinação; velocidade, potência e fluxo são itens avaliados a cada onda surfada pelos atletas.

A avaliação de cinco jurados e o descarte da maior e da pior nota são medidas estabelecidas para diminuir a subjetividade natural do surfe.

Medina viveu polêmica em Tóquio

Ítalo Ferreira conquistou a medalha de ouro na estreia do surfe em Olimpíadas, em Tóquio. Por pouco, ele não teve Gabriel Medina como adversário na decisão, para uma final brasileira.

Medina foi derrotado na semi para o japonês Kanoa Igarashi. O brasileiro liderava a bateria até pouco menos de dez minutos para o fim da prova, mas viu o rival encaixar boa manobra e assumir a liderança da semifinal. A nota recebida por Igarashi no momento decisivo gerou polêmica entre os amantes da modalidade – muitos entenderam que a nota foi mais alta do que merecia. À época, Medina reclamou.

"É triste quando isso acontece. Muita gente mandou mensagem. É difícil passar o ano treinando e se esforçando, chegando nisso. A minha parte, eu fiz. Agora é continuar trabalhando. Tem coisas que não dá para entender, mas é assim. Já aconteceu tanta coisa que o que vier é lucro. É difícil esperar dos outros. Vou tentar fazer o meu”, disse o surfista brasileiro depois da eliminação em Tóquio.

Datas do surfe em Paris 2024

As provas de surfe em Paris 2024 acontecerão em quatro dias, dentro de uma janela de dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto). A modalidade depende de condições climáticas (tais como chuva, sol e vento) para acontecer.

Chaveamento da 1ª rodada do surfe

Masculino

  1. Ethan Ewing (AUS), Tim Elter (ALE) e Jordy Smith (AFS)
  2. Joan Duru (FRA), Jack Robinson (AUS) e Matthew McGillivray (AFS)
  3. Alonso Correa (PER), Filipe Toledo (BRA) e Kanoa Igarashi (JAP)
  4. Gabriel Medina (BRA), Connor O'Leary (JAP) e Bryan Perez (ELS)
  5. Ramzi Boukhiam (MAR), Billy Stairmand (NZL) e João Chianca (BRA)
  6. Andy Criere (ESP), John John Florence (EUA) e Alan Cleland (MEX)
  7. Kauli Vaast (FRA), Lucca Messinas (PER) e Griffin Colapinto (EUA)
  8. Rio Waida (IND), Leonardo Fioravanti (ITA) e Reo Inaba (JAP)

Feminino

  1. Yolanda Hopkind (POR), Caroline Marks (EUA) e Sarah Baum (AFS)
  2. Sol Aguirre (PER), Janire Etxabarri (ESP) e Vahine Fierro (FRA)
  3. Anat Lelior (ISR), Sanoa Dempfle-Olin (CAN) e Tyler Wrigth (AUS)
  4. Tatiana Weston-Webb (BRA), Molly Picklun (AUS) e Caitlin Simmers (EUA)
  5. Johanne Defay (FRA), Brisa Hennessy (CRC) e Candelaria Resano (NIC)
  6. Tainá Hinckel (BRA), Camila Kemp (ALE) e Luana Silva (BRA)
  7. Nadia Erosarbe (ESP), Sigi Yang (CHN) e Saffi Vette (NZL)
  8. Carissa Moore (EUA), Teresa Bonvalot (POR) e Shino Matsuda (JAP)

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