Isaquias Queiroz conquistou nesta sexta-feira (9) a medalha de prata na categoria C1-1000m da canoagem da Olimpíada de 2024, em Paris.

Com a marca de 3min44s33, o brasileiro não foi páreo para o tcheco Martin Fuksa, que foi campeão com o tempo de 3min43s16 – recorde olímpico da prova. O bronze ficou com Serghei Tarnovschi, da Moldávia, com 3min44s68.

Com o feito, no entanto, o canoísta baiano conquista a quinta medalha da carreira em Jogos Olímpicos. Antes, ele conquistou uma em Tóquio-2020 (ouro C1-1000m) e três na Rio-2016 (prata na C1-1000m, prata na C-2 1000m e bronze na C1-200m).

Na final A desta sexta-feira, Isaquias começou com o terceiro lugar nos primeiros 100m, caindo para quarto na marca de 250m e quinto na marca de 500m. 

Na segunda metade, veio a reação. Na marca de 750m, ainda era quinto. Nos últimos 250m, porém, ganhou posições e cruzou em segundo lugar.

Após a prova, o brasileiro explicou como fez para conquistar posições no último trecho. “Eu percebi que eles não iam conseguiam abrir mais e falei: ‘Dá para subir’. Aí eu vim chegando perto do cara da Rússia também (Zakhar Petrov, da delegação de atletas neutros), falei: ‘Cara, eu vou passar ele, e se eu passar ele, eu estou na medalha’. Quando eu vi, era segurar até o final, porque daqui não pode escapar”, explicou, em declarações à BandNews FM.

Roteiro semelhante nas semifinais: reação e 2º lugar

Na primeira bateria das semifinais, também nesta sexta-feira, Isaquias havia ficado com a segunda colocação, marcando o tempo de 3min44s80. A primeira posição ficou com o alemão Sebastian Brendel, com 3min44s78.

Ao longo do percurso, o brasileiro já havia sido protagonista de uma performance de recuperação, a exemplo do que se viu na final. Inicialmente, ficou para trás e sofria para se manter em quarto lugar, enquanto o cubano José Ramón Pelier Cordova pressionava.

No entanto, Isaquias começou a reagir no decorrer a prova e a ganhar posições. No fim, brigou remada a remada pela primeira posição, e a vitória foi para o photo finish – melhor para Brendel, que venceu por 0s02 de vantagem.

O polonês Wiktor Glazunow terminou em terceiro, e o italiano Carlo Tacchini foi quarto. Na segunda bateria, a vitória ficou com o tcheco Martin Fuksa, com Serghei Tarnovschi em segundo e Zakhar Petrov em terceiro.