Após ouro, Ana Patrícia cita ataques de ódio: "Queriam que eu desistisse"

Brasileira foi campeã olímpica em Paris ao lado de Duda no vôlei de praia

Da redação

Ana Patrícia foi campeã ao lado de Duda no vôlei de praia em Paris
REUTERS/Louisa Gouliamaki

Campeã no vôlei de praia ao lado de Duda na Olimpíada de Paris 2024, nesta sexta-feira (9), Ana Patrícia chorou depois da conquista e recordou os ataques de ódio que sofreu após a eliminação em Tóquio-2020 – o Brasil viveu uma seca e terminou a edição do Japão sem nenhuma medalha na modalidade pela primeira vez na história.

“É até difícil de falar algo neste momento, estou tentando processar ainda. A gente nunca se vislumbrou com esse número 1 no ranking, a gente sempre acreditou muito no nosso trabalho. Eu queria aproveitar agora e dizer que, depois de Tóquio-2020, eu recebi tanta mensagem de julgamento, de ódio, de pessoas que queriam que eu desistisse. Mas eu queria agradecer a muitas pessoas, a Deus e principalmente a mim mesmo. Eu acho que eu mereci viver isso daqui com a Duda. Muita gente fala muita coisa. Por favor, agora quando forem falar, falem também que a gente deu o sangue para ser campeãs olímpicas”, afirmou Ana Patrícia à ‘Globo’.

A dupla brasileira Duda e Ana Patrícia venceu as canadenses Brandie Wilkerson e Melissa Paredes por 2 sets a 1 e conquistaram a terceira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos em Paris.

Elas venceram as rivais canadenses com parciais de 26/24, 12/21 e 15/10. “Eu não sei o que está passando, é uma coisa surreal. A gente viveu, sonhou, lutou e conseguiu depois de 28 anos [o Brasil voltou a ser campeão no vôlei de praia feminino]. Um momento inexplicável, a gente nunca vai esquecer desse momento”, disse Duda para a ‘Globo’.

Ana Patrícia ainda comentou o status de favorita com a dupla desembarcou em Paris.

"Quando a gente chegou aqui todo mundo estava nessa coisa: 'vocês são ranking 1, são favoritas'. E do primeiro ao último jogo, a gente entrou com a mesma cabeça de que tinha que fazer o nosso melhor. Porque não tem ranking nenhum que faria a gente vencer as partidas se não fizesse bem a nossa parte", disse a jogadora ao repórter Tiago Leme, da Band.

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