Decisão por vídeo elimina Leonardo Gonçalves na estreia em Paris-2024

Judoca brasileiro caiu diante de Dzhafar Kostoev e classificou participação como péssima

Por Vinícius Batista

Leonardo Gonçalves ; judô ; Paris-2024
Arlette Bashizi/Reuters

Leonardo Gonçalves foi eliminado logo na estreia da disputa até 100 kg do judô masculina da Olimpíada de 2024, em Paris. E não escondeu a frustração.

Em seu primeiro combate na chave desta quinta-feira (1º), o judoca brasileiro encarou Dzhafar Kostoev, dos Emirados Árabes Unidos, e foi superado no Golden Score.

Kostoev conseguiu um waza-ari a 2min55s para o fim da luta, mas Leonardo empatou a luta a 1min23s. O combate foi para a prorrogação, na qual o emiradense conseguiu um novo waza-ari – o lance foi checado pela arbitragem no vídeo antes de ser confirmado, o que foi recebido com inconformismo pelo brasileiro.

Eliminado, o atleta de Iguape (SP) classificou a luta como “parelha”, mas admitiu não ter compreendido a decisão da arbitragem no primeiro momento.

“Quem estava pedindo uma luta que não terminasse no shido assistiu a uma bola luta. Foi uma decisão dividida no Golden Score, eu achei que estava melhor na luta, e aquela revertida ali é uma característica minha, já ganhei muitas lutas com aquela revertida. Deram uma pontuação para ele, eu não entendi muito. Acho que tomaram a decisão deles, não tem muito o que fazer. Tive minha oportunidade lá dentro e deixei para eles (árbitros) decidirem”, afirmou Leonardo à BandNews FM.

“Preciso dar uma olhada nesse vídeo, não senti ele fazer nenhuma ação contra mim, por isso que no momento eu reclamei. Mas não vi, tenho que ver com a cabeça fria. Com a cabeça quente, a gente pensa muitas coisas. (Preciso) tomar cuidado para não errar com a cabeça quente, porque ainda tem o (torneio por) equipe, não posso prejudicar minha equipe. Infelizmente, esse foi o resultado que eles fizeram acontecer.”

Participação ‘péssima’

Leonardo Gonçalves volta ao tatame em Paris no sábado (3) para a disputa por equipes mistas, encerrando a programação da modalidade na Olimpíada. Na chave individual, o brasileiro lamento o que classificou como uma participação “péssima”.

“Do meu ponto, de vista, péssima”, analisou. “Quem me conhece sabe que eu treino muito. E eu não consegui sair com a vitória, isso é o que importa. Não importa se luta bonito, se ganha de shido. No fim das contas, vale quem está com a medalha. O pessoal pede para ter luta com golpe, com pontuação, e minhas lutas geralmente são assim, não terminam com shido, é muito difícil. Porém, o que vale no fim das contas é a medalha, o que fica para o público daqui dois, três, quatro, cinco anos é o medalhista, não quem fez a luta bonita”, encerrou.

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