Fim de jornada? Aos 36 anos, Ketleyn Quadros despista sobre novo ciclo olímpico

Bronze em Pequim-2008, judoca brasileira celebra condições físicas para poder seguir nos tatames

Por Vinícius Batista

Fim de jornada? Aos 36 anos, Ketleyn Quadros despista sobre novo ciclo olímpico
Ketleyn Quadros, judô, Paris-2024
Luiza Moraes/COB

“Agora eu sou uma pessoa que tem vários sonhos. Agora é sentar com minha família e decidir o que é melhor para a gente”, afirmou a brasiliense após a derrota para a francesa Clarisse Agbegnenou pelas oitavas de final da chave de Paris-2024.

Medalha de bronze em Pequim-2008 na categoria até 57 kg, Ketleyn sabe que a idade joga contra uma vaga em Los Angeles-2028. Em compensação, conta com as condições físicas para seguir no tatame.

“Todo mundo na modalidade tem um começo, um meio e um fim, então é obvio que eu estou próxima do fim dessa jornada, mas muito feliz com tudo que construí”, disse.

“Graças a Deus, zero lesão. São 36 anos de alto rendimento. O risco de lesão é aquela corda bamba, que faz parte, mas (estou) inteira e com essa opção de escolher se quero continuar”, acrescentou.

Com o pódio em 2008, Ketleyn se tornou a primeira mulher a conquistar uma medalha individual para o Brasil em Jogos Olímpicos. O feito valeu a ela o posto de porta-bandeira na cerimônia de abertura da Olimpíada de 2020, em Tóquio. Assim, espera que o currículo possa inspirar o futuro de jovens atletas.

“Só tenho que agradecer a todas as pessoas que se identificam com o meu trabalho, com a minha jornada dentro da modalidade, a toda aquela criançada que sempre está vendo, se espelhando nos ídolos, para que eu possa ter dado essa mensagem de resiliência”, disse.

“Se você sonha em participar de uma Olimpíada, em ter uma medalha olímpica, é esse o objetivo. Qual ciclo vai ser, ninguém sabe, mas continue batalhando pelos seus sonhos.”

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