O skate em Paris tem o toque especial do Brasil, mas não com nomes como Kelvin Hoefler, Augusto Akio, Giovanni Vianna ou Pedro Barros. Estilista brasileiro de duas marcas - PIET, de streetwear, e P. Andrade, Pedro Andrade foi convidado pelas federações de Portugal, Eslováquia e Holanda para desenhar os uniformes usados nas pistas de Paris.

A relação de Pedro com o skate vem de experiências próprias, já que ele praticava o esporte quando era criança. Já o convite para vestir os skatistas é fruto de uma antiga parceria. Fernando Porto, co-fundador da Cariuma, outra marca de streetwear brasileira, o convidou para criar o uniforme de Portugal. Mais tarde, surgiu a oportunidade de trabalhar também com a Holanda e a Eslováquia.

O estilista contou que queria dar um toque de brasilidade em cada desenho, mas não gostaria que isso ficasse tão evidente. Depois chegou à ideia de usar o futebol, esporte mais popular do planeta, em suas criações.

“Eu fui fazendo links, diretos e indiretos, com algumas coisas de que a cultura do skate apreciava e consumia, a cultura do streetwear global apreciava, e que estava intrínseco no DNA do brasileiro. E aí eu cheguei nas camisas de futebol”, revelou ao Esporte na Band.

As camisas dos skatistas são inspiradas em modelos utilizados pelas seleções de futebol dos países ao longo da história, tudo com um estudo minucioso para contemplar também a cultura local. Como é a camisa da Eslováquia, que utiliza as linhas da bandeira nacional.

“No geral, o mundo inteiro gosta de camisa de futebol. Independente dessa febre que tá hoje. No Brasil, essa febre nunca passou. Sempre foi moda usar camisa de futebol. Sempre os jovens querem colecionar camisa, usar camisa. É uma coisa que está dentro da gente quando a gente vai torcer por alguma coisa”, disse Pedro.

Entre os skatistas que usam os modelos criados pelo brasileiro estão Gustavo Ribeiro (street) e Thomas Augusto (park), de Portugal, Richard Tury (street), da Eslováquia, Keet Oldenbeuving (street) e Roos Zwetsloot (street) da Holanda.