COB rebate Ana Carolina Vieira e diz que atuou com respeito em expulsão

Nadadora foi desligada de Paris-2024 sob alegação de indisciplina; nas redes, desabafou

Da redação

Ana Carolina Vieira, nadadora expulsa de Paris-2024
Reprodução/Instagram

Em comunicado divulgado nesta terça-feira (30), o COB (Comitê Olímpico do Brasil) rebateu as críticas e acusações feitas pela nadadora Ana Carolina Vieira. No último fim de semana, a atleta foi desligada da delegação que disputa a Olimpíada de 2024, em Paris, sob alegação de indisciplina.

“Não consegui contato com ninguém no momento em que saí da sala, quando me anunciaram que estava fora por má conduta”, afirmou ela em pronunciamento nas redes sociais. “Tinha uma moça me acompanhando o tempo todo. Pedi para ela me deixar falar com o psiquiatra o tempo todo, pedi água e não podia pegar”, completou.

Na nota, o COB afirmou que atuou com “respeito, atenção e cuidado à atleta” durante o processo de desligamento, “em razão do momento delicado pelo qual ela passava”. 

O texto confirma que ela esteve acompanhada por uma representante da entidade ao longo do processo, mas negou que tivesse proibido a alimentação e a hidratação.

“A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto”, diz o COB.

No desabafo, Ana Carolina afirmou já ter feito uma denúncia de assédio aos canais de comunicação do COB, mas alegou que “nada foi resolvido”, o que desmotivaria novas comunicações no caso da Olimpíada de 2024.

“Eventuais fatos que tenham sido objeto de denúncia por parte da atleta por meio dos canais de atendimento e apoio do COB não têm qualquer relação com o ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, não serão objeto de comentários por parte do Comitê Olímpico do Brasil, principalmente porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de Compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB”, respondeu o comitê.

Confira o comunicado na íntegra:

Durante o desligamento da nadadora Ana Carolina Vieira da delegação, a atuação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi pautada, como de costume, pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava.

Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto.

Eventuais fatos que tenham sido objeto de denúncia por parte da atleta por meio dos canais de atendimento e apoio do COB não têm qualquer relação com o ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, não serão objeto de comentários por parte do Comitê Olímpico do Brasil, principalmente porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de Compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB.

É possível informar, contudo, que não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação vinculados à CBDA.

O COB reitera que o respeito entre todas as pessoas que atuam em suas Missões é um valor fundamental e norteador das nossas ações. Além disso, o COB acredita que o acolhimento e cuidado com todas as pessoas que integram a Missão, independentemente dos atos praticados e das sanções aplicadas, deve sempre ser assegurado.

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