O cenário estava pronto na Arena Campo de Marte nesta sexta-feira (2). A Marselhesa tocaria duas vezes no ginásio na cerimônia de medalhas do judô. O país-sede dos jogos tinha grandes nomes tanto no masculino quanto no feminino da categoria. Só que o Brasil tinha Beatriz Souza.
A judoca, que conquistou o ouro no judo mais de 78 kg, “estragou” a festa francesa, que contou com a presença até mesmo com o presidente Emmanuel Macron na arquibancada.
Bia venceu a francesa Raz Hershko na final e “calou” o Campo de Marte. O público francês fez muito barulho desde a entrada de Hershko no tatame. Houve fortes vaias, inclusive, quando o árbitro pediu calma para a treinadora Sarah Menezes.
O clima mudou completamente com Bia acertou o waza-ri que deu o ouro para o Brasil. A empolgação nas arquibancadas “murchou”, enquanto Hershko chorou muito após perder o ouro.
Lenda salva o dia francês
Apesar da dor no feminino, o clima no Campo de Marte voltou a esquentar na final masculina. No final das contas, estava no tatame o francês Teddy Riner.
Possivelmente o maior judoca olímpico de todos os tempos, o responsável por acender a pira olímpica em Paris buscou o terceiro ouro individual da carreira contra o sul-coreano Kim Minjong.
Aos gritos de “Teddy, Teddy”, a lenda do tatame venceu o atual campeão mundial com um ippon perfeito faltando 30 segundos para acabar a luta. Encerrando com medalha de ouro uma das carreiras mais vitoriosas dos Jogos Olímpicos.
E essa festa francesa também teve uma pequena participação tupiniquim: o árbitro da luta foi o brasileiro André Mariano.