Bonfim sobre medalha de prata: "É preciso coragem para viver de marcha atlética"

Brasileiro levou duas advertências, quase foi eliminado da competição, mas chegou em segundo na prova de marcha atlética e completou os 20 km da prova em 1h19min09s

Da Redação

O Brasil amanheceu nesta quinta-feira (1º) com a conquista de mais uma medalha. Com 1h19min09s em um percurso de 20 quilômetros, Caio Bonfim ficou em segundo lugar e levou a prata nos Jogos Olímpicos de Paris.

Em conversa com a equipe de reportagem da BandNews FM, o atleta de 33 anos de idade falou sobre o melhor resultado da carreira em sua quarta participação em Olimpíadas.

“Primeiro dia que eu fui marchar na rua, lembro de ser muito xingado. Isso dificultou a minha entrada na marcha atlética. Só comecei a marchar com 16 anos. Quando cheguei em casa e falei que estava decidido a marchar, era que estava decidido a ser xingado”, contou.

"Quando passo a linha de chegada em quarto, em 2016 [nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro], perguntei a Deus se teria outra chance. Falamos no Rio sobre legado, essa medalha é um legado", disse.

Anteriormente, o brasileiro havia conversado com um grupo de imprensa no local que acompanhou a prova e disse que era preciso coragem para ser um atleta que vive da marcha atlética.

"São quatro olimpíadas, terminei carregado numa cadeira de rodas em Londres-2012 para chegar em quarto. Tem que ter muita coragem para viver de marcha atlética, valeu a pena pagar o preço. Não é fácil, no meio da prova você olha e está em décimo ainda. Senti a mão de Deus", completou.

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