Após polêmica sobre gênero, boxeadora argelina garante medalha na Olimpíada

Húngara reclamou por ter que enfrentar Imane Khelif e perdeu por pontos

Após polêmica sobre gênero, boxeadora argelina garante medalha na Olimpíada
Imane Khelif
REUTERS/Peter Cziborra

Imane Khelif, boxeadora argelina envolvida em uma polêmica sobre gênero, garantiu uma medalha na Olimpíada, neste sábado (3). Ela derrotou a húngara Anna Luca Hamori nas quartas de final e, mesmo se perder na semifinal, já ficará com o bronze, como acontece em todas disputas de boxe da Olimpíada.

Imane Khelif foi expulsa de um Campeonato Mundial de boxe no ano passado, organizado pela IBA (Associação Internacional de Boxe). O presidente da associação alegou que ela tinha cromossomos XY, normalmente encontrados em homens, e isso daria vantagem para a argelina.

Como a IBA está sem influência na disputa da Olimpíada, Imane Khelif foi liberada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para lutar em Paris. O COI tem sustentado que Imane nasceu mulher, se identifica como tal e portanto não é transgênero.

Com a liberação, Imane enfrentou primeiro a italiana Angela Carini, que desistiu após poucos segundos de luta, com fortes dores no nariz. 

Agora a argelina derrotou Hamori por pontos, com vitórias nos 3 rounds. Antes do combate, a húngara chegou a reclamar nas redes sociais por ter que enfrentar Imane. E por isso ela foi vaiada antes da luta.

Lin Yu Ting, do Taiwan, viveu a mesma polêmica com a IBA e também está na Olimpíada. Ela já venceu a primeira luta e poderá garantir medalha neste domingo (4), nas quartas de final.

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