Nicolas critica fake news sobre ser gay e responde: "Sempre incomodei o Remo"

"Cavani da Amazônia" comentou boatos sobre homossexualidade e também lembrou da Máfia das Apostas no Goiás

Por Allan Brito

Em 2020, quando já fazia muito sucesso com a camisa do Paysandu, o atacante Nicolas, o “Cavani da Amazônia”, precisou negar que era gay. Ele afirma que foi uma mentira criada pela torcida do Remo. Em entrevista ao Band.com.br, ele comentou sobre o assunto e aproveitou para fazer uma provocação.

Primeiro Nicolas explicou que respeita homossexuais e entende que essa orientação sexual não deve ser usada de maneira pejorativa. "É bom deixar claro que não é algo prejudicial. Respeito. A maneira como a torcida criou essa história foi muito pejorativo, para ser algo ruim. Não é dessa maneira que tem que ver".

Questionado se ele ficou afetado por essa história, Nicolas negou. "Nunca incomodou. Não me importo. A torcida do rival sempre criou fake news. Pegavam fotos e diziam que eu estava na noite".

Fico feliz porque é um sinal que sempre incomodei, sempre atrapalhei a vida dos rivais. Não me incomoda e não me importa.

O atacante do Paysandu também admitiu que o futebol é um meio machista, o que pode fazer com que jogadores gays não assumam a homossexualidade.  

"A sociedade está mais tranquila, mas o meio do futebol é machista. Tem talvez esse preconceito, mas não posso falar de todos e julgar toda uma classe", concluiu Nicolas.

Máfia das Apostas  

Nicolas estava no Goiás quando aconteceram manipulações feitas por alguns jogadores do time, no caso que ficou conhecido como "Máfia das Apostas". Ele lembra de conversas e situações estranhas, mas lamenta não ter visto algo que estava "embaixo do nariz".

"A gente ouvia as histórias, mas nunca presenciei na minha frente. As coisas aconteceram e é triste. Isso afeta a gente. Hoje você não pode tomar um cartão amarelo porque as pessoas podem te associar a alguma manipulação. Acho que ninguém saiu ganhando. A gente achava estranho algumas situações. Depois, no início do ano, começaram a pipocar as coisas no estado de Goiás. Não é possível que estava embaixo do nariz e a gente não viu nada", conta Nicolas.

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