Neto detonou Abel Ferreira neste domingo (25) depois da resposta do treinador do Palmeiras para a repórter Alinne Fanelli, da BandNews FM, depois da vitória por 5 a 0 do Alviverde sobre o Cuiabá, no último sábado (24).
No Apito Final, o ex-jogador e apresentador da Band disse que Abel “se acha superior” e precisa de humildade. Ele ainda afirmou que a nota emitida pelo técnico do Palmeiras “é um lixo”.
“Eu acho que tudo tem limites na vida. Quando eu fui racista e cuspi na cara do [árbitro] José Aparecido… foi uma covardia minha, eu pedi perdão para ele. Mas eu aprendi a não ser mais racista. Acho que a gente precisa ser humilde. Como a gente pode ser uma pessoa melhor? Quando se espelha nos seus pais e percebe que precisa ser exemplo para os nossos filhos. Quando você agride uma menina como essa, Abel Ferreira, que é uma baita repórter, estava trabalhando...”, iniciou Neto.
“Você nem pediu desculpa [Abel Ferreira] na sua nota. Você foi muito desrespeitoso com ela [Alinne Fanelli]. Você tem que aprender, mas você não tem humildade. Você acha que é superior, europeu. E quando você fala que só tem que dar resposta a três mulheres... Leila, você não convidou as mulheres para irem no Palmeiras?”, questionou o apresentador no Apito Final.
Essa nota é porcaria. Pela nota, ele acha que não está errado, vamos deixar bem claro. A nota é um lixo - Neto.
E se a pergunta fosse de um homem?
Neto também questionou se Abel Ferreira teria a mesma postura se a pergunta fosse feita por um homem, e citou nomes consagrados do jornalismo esportivo.
“Qual a diferença para uma pergunta de um homem para uma pergunta de uma mulher? Eu queria saber se fosse o Galvão Bueno, o Tino Marcos, o Leandro Quesada, o Henrique Guilherme, o [Luis Carlos] Quartarollo. Se fosse um homem da Rede Globo a resposta seria igual? Lógico que não. Todas as vezes passam a mão na cabeça dele”, disse Neto.
Nota de Abel Ferreira
Após o jogo de ontem, ainda no ônibus que nos trouxe de volta a São Paulo, eu telefonei para a repórter Alinne Fanelli a fim de lhe dizer que não tive, de forma alguma, a intenção de lhe causar qualquer constrangimento.
Utilizei a pergunta da referida profissional para transmitir uma mensagem que já estava na minha cabeça, sem me dar conta de que, naquele contexto a declaração poderia gerar uma interpretação diferente e soar hostil.
Quando concedo uma entrevista coletiva, entendo que não estou respondendo diretamente à repórter, ou ao repórter, que me faz a pergunta, mas sim a todos os presentes na conferência e também aos nossos atletas e torcedores e a todos aqueles que acompanham por diferentes veículos de comunicação. Tanto é verdade que, nesta mesma resposta, eu utilizo o pronome “vocês”, no plural, em vez de ”você”.
Lembro que, também, na entrevista de ontem, expressei a minha admiração pela presidente Leila Pereira e o orgulho que sinto por ser liderado por uma mulher.
Reconheço, contudo, que fui infeliz em minha resposta e, por esse motivo, fiz questão de procurar a Alinne e me retratar e esclarecer o que considero ter sido um mal-entendido.