A NBA anunciou nesta quinta-feira (11) a aposentadoria da camisa 6, utilizada pelo pivô Bill Russell, que faleceu no último dia 31, aos 88 anos, de todas as franquias da liga como forma de homenagear a lenda do Boston Celtics. Essa será a primeira vez que um ex-jogador terá o número retirado na história do basquete norte-americano.
“O sucesso inigualável de Bill Russell na quadra e o pioneirismo no ativismo pelos direitos civis merecem ser homenageados de maneira única e histórica. Aposentar permanentemente seu número 6 em todas as equipes da NBA garante que a carreira transcendente de Bill seja sempre reconhecida”, ressaltou o comissário da NBA, Adam Silver.
“Esta é uma honra importante reservada para um dos maiores campeões de todos os tempos. As ações de Bill dentro e fora da quadra ao longo de sua vida ajudaram a moldar gerações de jogadores para melhor e por isso, somos eternamente gratos. Estamos orgulhosos de continuar a celebração de sua vida e legado ao lado da liga”, destacou Tamika Tremaglio, diretora da Associação Nacional de Jogadores Profissionais de Basquete (NBPA, em inglês).
A decisão para a aposentadoria do camisa 6 em toda a NBA afetará as equipes que não têm nenhum jogador do elenco utilizando o número. No entanto, atletas como LeBron James, do Los Angeles Lakers e Kristaps Porzingis, do Washington Wizards, que utilizam a numeração no uniforme, podem seguir com o 6 estampado.
Além de aposentar a camisa de Bill Russell em toda a liga, a NBA vai promover uma série de homenagens ao ex-pivô do Boston Celtics. Uma deles será a estampa do número 6 em todos os uniformes das franquias. A outra é a presença de um trevo com a numeração utilizada pelo ex-atleta nas quadras das 30 equipes. O Celtics também prestará tributos especiais a Russell que ainda não foram divulgados.
Exemplo dentro e fora das quadras
Bill Russell é considerado um dos maiores nomes da história do esporte e revolucionou a NBA atuando pelo Boston Celtics ao conquistar 11 títulos com a equipe de Massachusetts. Além disso, o ex-jogador foi duas vezes campeão em torneios universitários da NCAA e foi o primeiro técnico negro da história dos esportes americanos profissionais.
O atleta também foi protagonista em lutas contra o racismo. Em 1961, Bill Russell se recusou a entrar em quadra pelo Boston Celtics por ter sido discriminado em um restaurante. Em 1975, não quis entrar no Hall da Fama do basquete por ser o primeiro negro - ele acreditava que outros também deveriam receber tal honraria.