Multicampeão, time feminino do Corinthians emite nota sobre contratação de Cuca

Treinador foi acusado de estupro conta uma garota de 13 anos em 1987

Da redação

Corinthians Feminino
Thais Magalhães/CBF

No último domingo, 23, as jogadoras do time feminino do Corinthians publicaram em suas redes sociais seus posicionamentos em relação a contratação do técnico Cuca. Arthur Elias, treinador da equipe, também se posicionou.

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Todas as atletas publicaram o mesmo texto que reiterava que “respeita as minas” não é apenas qualquer frase. Esse é o slogan que o Corinthians usa em campanhas em prol das mulheres e da modalidade.

"Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. "Respeita as Minas" não é uma frase qualquer. É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians significa viver e lutar por direitos todos os dias", disse.

O posicionamento foi postado durante a derrota do clube masculino para o Goiás, na estreia de Cuca no comando do clube.

Cuca foi condenado por estupro? Entenda o caso

A polêmica com Cuca teve início em 1987, quando ainda era jogador e o Grêmio participou de uma excursão pela Europa.

Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi foram detidos na Suíça sob a alegação de terem tido relações sexuais com uma garota de 13 anos sem consentimento.

Em depoimento, a vítima, Sandra Pfäffli, afirmou ter ido com amigos ao quarto dos atletas para pedir uma camisa do Grêmio. Na sequência, eles teriam expulsado os colegas dela e a forçado a manter relações sexuais durante 30 minutos.

De acordo com apuração do blog da Marília Ruiz, do “UOL”, consta nos registros policiais e nos autos do processo que a vítima jamais identificou ou apontou Cuca como um dos seus agressores.

À época, os quatro jogadores ficaram detidos por quase um mês e prestaram depoimento mais de uma vez. Em seguida, retornaram ao Brasil.

Dois anos depois, Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência.

Fernando Castoldi foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, eles nunca cumpriram a pena.

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