Esporte

Ministério Público do Rio de Janeiro congela suspensão de torcidas organizadas

Retorno é válido por 60 dias, mas sem bandeira e instrumentos para músicas

Da redação

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Flickr/Maracanã

Na última quarta-feira (5), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Polícia Militar e a Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg), se reuniram para definir o futuro das principais torcidas organizadas do Rio de Janeiro.

Young Flu (Fluminense), Fúria Jovem (do Botafogo), Raça Fla e Jovem Fla (do Flamengo) e Força Jovem (do Vasco) estavam suspensas dos estádios cariocas devida as recorrentes brigas. No entanto, após a reunião ficou definida que por 60 dias, elas poderão entrar uniformizadas nos estádios em que seus respectivos times joguem.

Ainda não está permitida a volta de instrumentos, adereços e faixas, mas uma nova reunião poderá confirmar a presença desses artefatos nas arquibancadas ainda neste final de semana. Se espera que seja enviada uma nova proposta da TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) de acordo com o que foi estabelecido no Projeto de Lei de autoria dos deputados estaduais Carlos Minc (PSB), Luiz Paulo (PSD) e Zeidan (PT).

No PL, é sugerido que em casos de novas brigas, as pessoas envolvidas recebam as devidas punções e não a instituição organizada. Recentemente, os membros das torcidas envolvidas se reuniram com membros da Justiça para que elas voltem a frequentar os estádios locais.

Leia a nota do Ministério Público do Rio de Janeiro:

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Polícia Militar e a Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) voltaram a se reunir nesta quarta-feira (05/10) para novas tratativas na construção de um aditivo ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para sistematização do novo planejamento de segurança de jogos de futebol no município do Rio de Janeiro. A reformulação do documento é uma das previsões do Projeto de Lei 6.118/22, aprovado pela Alerj no dia 22 de setembro, após audiência pública. Também estiveram presentes na reunião representantes da Alerj e do Club de Regatas Vasco da Gama.

No encontro, foi apalavrado novamente o pedido, solicitado pela Anatorg na última reunião, para autorização do MPRJ e da Polícia Militar pela volta das faixas e das camisas das torcidas organizadas nas arquibancadas dos estádios, mesmo antes da formalização do novo ajuste. A associação se comprometeu novamente a enviar os atos constitutivos de cada organização à Polícia Militar para um parecer. Após isso, o MPRJ vai decidir pelo envio de um requerimento ao Juizado do Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos para suspensão Judicial, por 60 dias, da decisão que proíbe o uso dessas faixas e camisas durante as partidas.

O promotor de Justiça Rodrigo Terra explicou que com as atas constitutivas atualizadas nas mãos do MPRJ e da Polícia Militar, em um prazo de 24 horas será dado um parecer e protocolado um requerimento à Justiça para análise e decisão. O procurador de Justiça Marcus Leal, coordenador do Grupo Temático Temporário do Desporto (GTT do Desporto/MPRJ) informou que o MPRJ e a Polícia Militar já se debruçaram sobre o TAC em vigor e têm uma proposta de alteração, que será enviada à Anatorg. “A suspensão temporária de parte das punições sinaliza um gesto de boa vontade e de confiança nas partes envolvidas no processo de negociação em curso e permite a evolução deste processo de forma equilibrada em busca de uma solução que atenda aos pressupostos legais e aos interesses de todos os envolvidos. Já temos praticamente prontas as modificações que achamos pertinentes ao TAC. Agora, com base na nossa proposta, as torcidas poderão fazer sugestões e levantar questionamentos. É muito importante que na próxima reunião, a Anatorg seja representada por um advogado para que possamos negociar com mais respaldo legal”, afirmou.

Uma nova reunião ficou marcada para o dia 19 de outubro, quando novamente serão debatidas as propostas da Polícia Militar e do MPRJ, junto com a Anatorg, a fim de dar continuidade à construção do novo TAC e avançar no diálogo entre todas as partes interessadas na prevenção e combate à violência nos estádios.

Por MPRJ

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