A judoca Rafaela Silva conquistou medalha olímpica na Olimpíada de 2024, mas antes disso viveu muitos dramas. Em entrevista ao Band Esporte Clube, ela lembrou como superou essas lutas da vida contra o preconceito e a depressão.

Rafaela lembrou que foi vítima de racismo depois da derrota na Olimpíada de 2012: "Vi as notificações chegando no celular. Eram pessoas falando que lugar de macaca era na jaula e que eu era a vergonha do país. Já estava chateada, triste e as pessoas não entenderam e começaram a me agredir nas redes sociais".

Inicialmente Rafaela quis desistir: "Eu falei que, se isso fosse representar o Brasil, não queria". Mas um trabalho psicológico foi decisivo para recuperar Rafaela.  

Ela voltou ao judô principalmente porque queria participar de uma Olimpíada no Brasil. E em 2016, no Rio de Janeiro, Rafaela conquistou medalha de ouro.

Porém, três anos depois, Rafaela viveu outro drama: ela foi flagrada em um exame antidoping. Alegou que houve contaminação, mas teve que cumprir suspensão por 24 meses e ficou fora da Olimpíada de 2020. Naquele momento ela pensou em suicídio.

Todo mundo falou que a Rafaela não ia voltar. Foi passando o tempo, eu fiquei em depressão e pensei em jogar meu carro no poste

Rafaela explicou que gosta de dar a volta por cima: "Quando as pessoas falam que não posso, quero provar pra mim mesma que elas estavam erradas".

A nova recuperação aconteceu na Olimpíada de 2024, em que ela decidiu uma vitória do Brasil na disputa por equipes, conquistando medalha de bronze.  

E agora ela já foca em mais uma Olimpíada: "Tenho muitos sonhos. Mas principalmente de estar em Los Angeles 2028 e de abrir um projeto social para transformar as vidas das pessoas, assim como um projeto social transformou a minha".