
A trajetória de Arthur Silva já está marcada na história do esporte paralímpico brasileiro. Aos 32 anos, o atleta conquistou a primeira medalha de ouro do Rio Grande do Norte na classe J1 - para atletas cegos - na Paralimpíada de Paris-2024. Mas para chegar até o topo do pódio, o judoca passou por muitos processos na vida.
Arthur Silva participou com exclusividade do Band Esporte Clube deste sábado (18) e trouxe detalhes do começo de sua carreira no esporte, como se apaixonou pelo judô e sobre o início de sua profissionalização.
“Começou desde os seis anos de idade. Sou altamente hiperativo, sempre fiz todo o título de atividade física. A paralimpíada veio só para coroar o trabalho de 30 anos de vida. Até chegar lá, precisei participar de três paralimpíadas. Foi muito tempo de treinamento, abdicação, renúncia, disciplina, perseverança e estive no lugar mais alto do pódio”, iniciou.
Profissionalmente, eu comecei em 2011, mas desde 2007 eu tinha me encantado com o judô, até porque eu não conseguia praticar muitos esportes por conta da perda de visão. Então, com 15 anos não conseguia jogar bola, andar de bicicleta, jogar basquete, vôlei…mas fui me encantando com o judô e me profissionalizei em 2011. Não conseguia ganhar uma luta, mas sou campeão brasileiro, número 1 do ranking mundial…sou grato por tudo isso - Arthur Silva, medalha de ouro na Paralimpíada de Paris-2024
Arthur Silva também revelou a sensação de conquistar a primeira medalha de ouro do Rio Grande do Norte e ouviu o Hino Nacional do Brasil no topo do pódio na principal competição paralímpica do mundo.
"É uma sensação indescritível, sem dúvida. Você representar o país já é incrível, agora conquistar o melhor resultado de todos e ver a bandeira do seu país subindo e você representando mais de 200 milhões de brasileiros é uma honra muito grande! Só tenho a agradecer a Deus por ter me proporcionado esses resultados e essas experiências. Agora é rumo a Los Angeles-2028 e buscar mais um grande resultado, se Deus quiser", completou.