Massa exalta entrada de Bortoleto na F-1 'pelo talento' e revela dicas ao jovem piloto

Por Estadão Conteúdo

O veterano de 43 anos acompanha a carreira do compatriota desde a adolescência, na fase do kart. Na época, era o presidente do Conselho Mundial de Kart da Federação Internacional de Automobilismo. "Pude acompanhar de perto o final da carreira dele no kart. Tinha 14 ou 15 anos, corria na Europa. Ele sempre foi um piloto que me impressionou muito por causa da velocidade", comenta Massa, em entrevista ao Estadão.

"Ele sempre foi muito competitivo mesmo quando não tinha o melhor kart. Sempre mostrava alguma coisa interessante, como ultrapassagens. Tinha um jeito agressivo de pilotar, às vezes fazia algo incrível, às vezes até entrava num acidente, numa batida. Venho acompanhando ele, até como amigo, desde então."

Na avaliação do vice-campeão mundial de F-1 de 2008, Bortoleto mostrou um crescimento forte na Formula Regional European Championship, também conhecida pela sigla FRECA. "Foi impressionante o que aconteceu com ele no segundo ano na Fórmula Regional. Não foi campeão, mas teve um ano muito competitivo. E, na F-3 e na F-2, ele impressionou mesmo. A evolução que ele teve, mantendo a velocidade, mas sem entrar em acidente, foi impressionante."

Massa destaca que o jovem compatriota chegou bem cotado à F-1 em razão dos resultados obtidos em todas as categorias de acesso, sem precisar de patrocínios de peso. "O Gabriel está entrando na F-1 pelo talento dele, pelo que mostrou dentro da pista. Isso é o mais importante. Não foi pelo patrocínio."

Não bastasse o talento, Bortoleto vem recebendo orientações preciosas de dois veteranos da F-1. A carreira do brasileiro é gerida por uma agência que pertence a Fernando Alonso. Ao longo deste ano, o bicampeão mundial não escondeu o orgulho pelos resultados obtidos por seu pupilo.

As orientações do espanhol se juntam às dicas de Massa, que é amigo de Bortoleto e de sua família. "Ele é um piloto muito humilde, uma grande pessoa, zero marra. É agressivo dentro da pista, mas um cara extraordinário fora da pista. Conversamos bastante, sempre tento passar aquilo que eu tenho de experiência, tanto para ele quanto para o pai dele porque, no final das contas, a experiência é nova também para a família dele", revela o veterano brasileiro.

O ex-piloto da Ferrari também transmite orientações para além das pistas. "Na F-1, são muitos os aprendizados e as experiências dentro da pista, mas também no lado empresarial. E o Gabriel sempre pergunta, sempre ouve com atenção. Temos uma relação muito boa e muito próxima. Ele vem perguntar, vem para aprender. Tudo o que posso passo para ele, como amigo mesmo. Não apenas a questão de guiar, mas também o trabalho com a equipe, de preparar bem o lado financeiro em geral."

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