Mari e Paula Pequeno formam dupla no vôlei de praia e sonham com Paris-2024

Campeãs olímpicas na quadra dizem que saíram da zona de conforto e esperam ter sucesso na empreitada

Aline Küller

Mari e Paula Pequeno estão treinando no vôlei de praia
Divulgação/Instagram

Os currículos de Mari e Paula Pequeno são recheados de conquistas, incluindo uma medalha de ouro da camisa 7 em Pequim-2008 e duas conquistas dourada da camisa 4 (Pequim-2008 e Londres-2012). Agora, as duas sonham em voltar ao pódio olímpico, mas querem realizar isso na areia.

Amigas há 20 anos, elas resolveram formar uma dupla no vôlei de praia e estão de olho na corrida olímpicas para os Jogos de Paris em 2024. Na opinião delas, a principal diferença está na parte física.

"A parte física da quadra é muito diferente, consiste em potência e explosão. Areia é totalmente aeróbica, fora a natureza que não é muito a nossa amiga, tem chuva, tem sol, tem vento, tem de tudo e temos que estar preparadas. Os fundamentos são praticamente os mesmos. Depois que a gente tiver com a forma que o vôlei de praia exige, nós vamos precisar de ritmo de jogo. É um jogo de muito mais artimanha, de paciência. No vôlei de quadra, é mais força, porrada. É saber entender os atalhos para ter o menos desgaste possível", avaliou Paula.

"A preparação da areia é muito diferente da quadra, mas a longevidade da areia é muito maior porque você não tem tanto impacto, não é tanta porrada, então o ombro fica um pouco mais tranquilo. Não tem tanto impacto, isso ajuda o joelho e a coluna. É outro desgaste, é muito mais muscular na areia. É uma adaptação muito diferente, mas pode prolongar muito a vida útil. Acho que até aos 44 anos a gente consegue", completou Mari, que tem 36 anos, aos risos.

Mari revelou que a mudança para a praia começou quando Jaqueline, bicampeã com a seleção brasileira, ligou para ela e pediu ajuda para um treino, pois estava precisando se preparar para um possível retorno ao vôlei. Jaque acabou voltando para a quadra e deixou a ex-ponteira com vontade de continuar na areia.

"Falei: 'Tô gostando desse negócio, quero continuar batendo bola'. Foi quando eu falei para a Paula: 'Não tá fazendo nada? Eu também não (risos), bora lá?'", explicou. Paula Pequeno contou que o primeiro treino foi exaustivo, mas esse cansaço fez com que ela tivesse certeza que gostaria de continuar na nova empreitada.

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