Há dois meses o Corinthians decidiu que Marcelo Paz era o homem ideal para assumir o cargo de CEO do clube. Ele recebeu a proposta oficial, mas preferiu ficar no Fortaleza, que atualmente vive uma grande fase, em 2º lugar no Campeonato Brasileiro. Em entrevista exclusiva ao Band.com.br, Paz comentou como foi o processo para tomar essa decisão.
“Foi muito envaidecedor receber uma proposta do Corinthians, porque é um clube gigante, é um clube de uma história fabulosa, um clube da torcida do Brasil inteiro, um campeão mundial. E seria um grande desafio para mim nesse momento. Mas não era a hora. Eu estou no meio de um trabalho aqui no Fortaleza”, explicou Paz.
Ele destacou diversas vezes que o principal problema foi o momento da proposta, não o clube ou os valores. E deu um exemplo prático: “Quantas e quantas vezes eu tive que fazer o papel de tentar convencer o Vojvoda a ficar? Então seria incoerente eu sair no meio do trabalho. Então não foi difícil decidir, mas mexeu comigo”.
E no final Marcelo deixou aberta a possibilidade de gerir outro clube no futuro distante: “Eu sei racionalmente que uma hora esse meu ciclo vai acabar. É natural. Ninguém vai ficar tanto tempo e é preciso oxigenação de ideias em algum momento. Então vai acontecer de eu sair e, se algum clube quiser me absorver, quiser contar com meu trabalho, eu me coloco à disposição, porque é o que eu gosto de fazer: gestão esportiva. Vejo como algo possível, mas nada que esteja no meu horizonte assim de tão curto prazo”.
E trabalhar na CBF?
Atualmente Marcelo Paz é líder da Liga Forte União e participa de discussões frequentes sobre o futuro do futebol brasileiro. Ele acredita que um dia os clubes vão se unir para criar uma liga só, que organize o Campeonato Brasileiro. Mas por enquanto a competição segue nas mãos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
E Marcelo parece se animar com a possibilidade de trabalhar na CBF futuramente.
Eu gostaria de, em algum momento da minha vida profissional, poder contribuir dentro dessa entidade para o crescimento do futebol brasileiro
Ele explica que trabalhar com a Seleção Brasileira seria uma motivação especial: “Tenho uma admiração pessoal muito grande pela Seleção Brasileira. Adoro a Seleção Brasileira. Copa do Mundo, amistoso, Copa América… o que for, eu gosto de assistir e gosto de acompanhar. Então, assim como desejei uma época estar aqui no Fortaleza, que é meu clube de coração, quem sabe mais adiante, em algum momento, eu possa ter a oportunidade de contribuir também com a CBF”.