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Mancha Alvi Verde, torcida do Palmeiras, publica nota se defendendo de acusações

Torcida Organizada afirma que não esteve envolvida nos fatos e pede que a justiça seja feita

Da redação

Mancha Alvi Verde, torcida do Palmeiras, publica nota se defendendo de acusações
Reprodução/Bancada Alviverde

Após a repercussão da morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras, que foi atingida por estilhaços de vidro no pescoço e não resistiu aos ferimentos, a Mancha Alvi Verde publicou uma nota oficial se defendendo das acusações de que os membros associados estariam envolvidos no crime.

Segundo apuração da Band, a jovem foi atingida por estilhaços arremessados por um torcedor o Flamengo. O delegado César Saad, titular da delegacia de Repressão aos Delitos Esporte (Drade), informou que o autor do arremesso de uma garrafa de vidro que culminou na morte de Gabriela Anelli, de 23 anos de idade, foi identificado e permanecerá preso em São Paulo. Além da detenção, o acusado não mais responderá pelo crime de tentativa de homicídio, mas sim por homicídio doloso.

Segundo a Mancha Alvi Verde, houve dois conflitos no mesmo dia envolvendo torcedores. O primeiro, por volta das 18h20, quando a jovem foi ferida, na rua Padre Antônio Tomaz, próximo ao acesso dos torcedores visitantes. Outro às 21h15, quando a partida já estava acontecendo. Em nota, a entidade afirma que não esteve presente nos fatos.

“Não é correto afirmar que Gabriela teria sido atingida em uma confusão na rua Palestra Itália. Há imagens, muito tristes, que atestam o ocorrido na rua Padre Tomás, 2h40 antes do jogo. E há, certamente, como consultar os registros de sua internação hospitalar para confirmar isso", explicou a torcida.

Leia a nota completa da torcida organizada:

PELA VERDADE DOS FATOS

A Mancha Alvi Verde lamenta profundamente o covarde assassinato da palmeirense Gabriela Anelli, 23, e repudia qualquer tentativa de vincular a torcida a esta triste ocorrência no jogo entre Palmeiras e Flamengo, no último sábado.

Já que a imprensa não se esforça para apurar os fatos, cabe à torcida pontuar o seguinte:

• As agressões que provocaram os ferimentos fatais ocorreram por volta das 18h20, na rua Padre Antônio Tomás, perto das grades que delimitam o espaço de circulação da torcida visitante. Aquela é uma área frequentada por famílias e torcedores comuns e, devido a uma inexplicável falha na separação entre as torcidas, a palmeirense foi ferida por estilhaços de garrafas atiradas por flamenguistas – ao que consta, um suspeito foi detido. Atenção para o horário: 18h20.

• Não é correto afirmar que Gabriela teria sido atingida em uma confusão na rua Palestra Itália. Há imagens, muito tristes, que atestam o ocorrido na rua Padre Tomás, 2h40 antes do jogo. E há, certamente, como consultar os registros de sua internação hospitalar para confirmar isso.

• O conflito na rua Palestra Itália, em frente ao portão A do Allianz Parque, ocorreu por volta das 21h15, já com o jogo em andamento - e a partida foi inclusive interrompida por conta do uso de gás de pimenta por parte do policiamento. Neste momento, os integrantes da Mancha estão dentro do estádio, no Gol Norte.

• ATENÇÃO: AS DUAS OCORRÊNCIAS ESTÃO SEPARADAS POR QUASE TRÊS HORAS E 500 METROS DE DISTÂNCIA.

• As câmeras de vigilância das ruas Palestra Itália e Caraíbas podem atestar o que levou à investida policial contra palmeirenses que ali estavam, mas, neste momento traumático, é preciso restabelecer a cronologia dos fatos para que os verdadeiros culpados pela morte de Gabriela sejam encontrados e punidos.

Reiteramos nossos mais profundos sentimentos a familiares e amigos da palmeirense Gabriela Anelli, e conclamamos as autoridades a investigar o caso com a devida seriedade. Da imprensa, esperamos que não reproduza um discurso vazio e que procura criminalizar uma entidade que está de luto pela perda de uma jovem que tinha toda a vida pela frente.

Diretoria Mancha Alvi Verde

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