Ex-Santos e atualmente no Fenerbahçe, o zagueiro Luan Peres, de 28 anos, conversou com a reportagem do Band.com.br e deu alguns detalhes do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria na madrugada desta segunda-feira (6) e deixou milhares de mortos nos países vizinhos.
Morando em Istambul, cidade onde o Fenerbahçe está localizado, o brasileiro está longe do epicentro do terremoto, mais ao sudeste da Turquia, e não sentiu o tremor. Ele relatou que soube da gravidade do problema quando chegou ao clube pela manhã e contou ainda como foi o dia em meio ao caos no país.
“Bem triste pelo que aconteceu hoje aqui, situação bem delicada. Eu soube pela manhã quando cheguei no clube. Ainda sem entender o grau do problema, depois que eu fui entendendo. Como estava tudo em turco [na televisão], não tinha entendido o grau da situação. Só depois eu vi que era uma tragédia bem grande, pesada”, disse o zagueiro à reportagem.
“Eu tenho companheiros de profissão, brasileiro que atua no Gaziantep FK [perto do epicentro do terremoto]. Pelo que soube, ele está bem, a mulher está no Brasil. Vi que tem outros jogadores que ainda estão desaparecidos, estou torcendo, orando muito para que todos possam reaparecer com vida. Que todos possam reaparecer com vida e ‘amanhã’, modo de dizer, já possam voltar a fazer o que mais amam. O mais importante agora é prezar pela vida de todo mundo", acrescentou.
Luan Peres, que se mudou para a Turquia em julho de 2022, se apresentou ao Fenerbahçe na manhã desta segunda porque o clube enfrentaria o Konyaspor pelo Campeonato Turco. Com a tragédia que atingiu o país, o jogo foi suspenso e o calendário esportivo não tem previsão para ser retomado.
“A gente não sabe por quanto tempo vai ficar parado [o futebol]. Alguns falam de sete dias de paralisação no país em geral. Então não sei nem se teremos a rodada do fim de semana. Como não falo o idioma, não consigo ver tudo também. Mas entendemos o que decidirem para os próximos dias”, explicou.
De acordo com o jogador, diversos clubes de futebol estão arrecadando alimentos, roupas e doações diversas para as cidades mais atingidas pelo terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter. Ele pontuou que o frio está atrapalhando bastante a situação e deixa o país em situação ainda mais caótica.
“O frio está atrapalhando muito. Começou de vez, de três dias para cá aumentou muito, teve neve ontem em Istambul. Foi longe de Istambul [o terremoto]. Para se ter uma ideia, é como se fosse de São Paulo para Porto Alegre, ou até um pouco mais, Porto Alegre para Belo Horizonte assim. Aqui não sentimos nada. Mas o frio está por toda a Turquia”, contou.