Em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta quarta-feira (20), o técnico Lisca, do América Mineiro, elogiou a palestra que Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, deu na CBF Academy. O treinador comentou que achou a palestra interessante e que concorda com os ensinamentos do treinador português bicampeão da Libertadores..
“Nós tivemos uma palestra com o Abel na segunda-feira e foi bem interessante. Ele falou do modelo, que não é um treinador de sistema, ele é um treinador de comportamentos e situações de jogo. Ele até mostrou aos vários modelos que ele usou já, vários sistemas desde quando ele começou no Braga, Sporting B, depois no PAOK e agora no Palmeiras, que já teve vários sistemas. Mas, os comportamentos e os princípios é o que eles procuram manter na equipe”, comentou Lisca.
Lisca falou que o técnico espanhol Guardiola, do Manchester City, é uma referência para o futebol, mas ponderou que é preciso ser avaliado os recursos dado ao treinador.
“O Guardiola é uma referência, mas tem que analisar onde que ele está, os recursos que ele tem, os jogadores para ele propor a maneira que ele quer jogar, que é uma posse de bola total, um bloco alto o tempo todo. Apesar que, neste último jogo contra o Atlético de Madrid, nos últimos 20 minutos ele abaixou o bloco, competiu, fez catimba, goleiro caiu, teve confusão depois do jogo, né? Um jogo com todos os ingredientes de um futebol sul-americano", comentou Lisca.
O treinador do Coelho também criticou o calendário do futebol brasileiro e disse que os times grandes acabam tendo mais facilidades em relação a viagens e que precisaria de mais investimento.
“A gente sofre com o calendário, é bem apertado e conseguimos trabalhar pouco de jogo para jogo, nisso os outros treinadores tem razão. Posso falar com propriedade, que nós sabemos da situação dos calendários. Então por isso que os clubes estão cada vez mais se preparando para isso. Você precisa ter um plantel qualificado, como o Palmeiras que tem 24 jogadores, mas eles usam todos. Porque jogando quarta e domingo, tem desgaste físico, emocional, desgaste de viagens. E aí, os clubes grandes tem uma vantagem enorme é o voo fretado e isso é uma facilidade incrível. O Inter, Ceará que são os extremos, é difícil, precisa dar uma investida”, analisou Lisca.