Autor do gol que garantiu o título inédito da Copa do Brasil ao São Paulo, Rodrigo Nestor participou ao vivo do Jogo Aberto desta segunda-feira (25) e fez um balanço da campanha vitoriosa.
O meio-campista de 23 anos, que foi revelado no clube do Morumbi, elegeu o jogo mais difícil para o Tricolor até a conquista do troféu. E não foi nem contra os rivais Palmeiras e Corinthians, ou na decisão contra o grande time do Flamengo.
Todos os momentos foram importantíssimos. Mas, se a gente pegar bem no começo da competição, a gente joga contra o Ituano no Morumbi, faz um jogo ruim, era o Rogério como técnico ainda. A gente vai totalmente desacreditado para o jogo em Itu. A gente ganha de 1 a 0 lá, com gol do Rato, mas foi um jogo sofrido. Depois também tem o jogo do Sport. A gente ganha na Ilha do Retiro e perde no Morumbi, mas passa nos pênaltis. Ali mostrou que esse título era para gente. Pelo jogo que fizemos, o normal era o São Paulo ser eliminado nos pênaltis. Se tiver que listar um jogo, São Paulo e Sport no Morumbi - Rodrigo Nestor.
O jogo escolhido por Nestor é das oitavas de final. O São Paulo fez 2 a 0 no Sport na Ilha do Retiro e, ainda assim, quase foi eliminado. Os pernambucanos venceram por 3 a 1 no Morumbi e forçaram os pênaltis. No desempate, o clube paulista foi melhor (5 a 3).
Em seguida, o São Paulo teve de derrubar dois rivais. Passou por Palmeiras, nas quartas, e despachou o Corinthians, na semifinal. No último domingo, empatou com o Flamengo depois de vencer a partida de ida e conquistou o título inédito da Copa do Brasil.
Outras respostas de Rodrigo Nestor
Felicidade pelo título
"Tô muito feliz, sem palavras, a ficha não caiu. Estava precisando disso, veio no momento certo. (…) Eu passei por momentos difíceis, serviu de aprendizado para mim. Aprendi demais, estou muito feliz hoje, agora é focar nas coisas boas."
Realização no São Paulo
“Até antes do jogo eu estava emocionado demais. Eu estava sentindo que ia acontecer algo diferente. A minha família, que me ajudou nos dias difíceis, que me deixou mais forte, nada mais justo eles estarem comigo. Quando eu cheguei em Cotia, eu almejava isso, mas não imaginava que seria assim, está sendo perfeito.”
Dorival Júnior
“É uma equipe que já jogava junta há bastante tempo. O Dorival veio, acho que a gente estava desacreditado. Ele disse que a gente chegaria numa final de campeonato, e não deu outra. Sou muito grato por ele ter aparecido na minha vida, espero que ele possa continuar, tenho muito a aprender com ele. E ele é meu vizinho, vizinho de porta. Desci para encontrar o pessoal [da reportagem], até cruzei com ele (risos)."
Função como ‘ponta’
"Eu sempre quero jogar, estar em campo. Lógico que tem posições que você prefere. Acho que estou me encontrando ali. Não chega a ser um ponta esquerda, a minha função é vir para dentro para fazer superioridade no meio. Vem dando certo, quando ele conversou comigo ele disse que as minhas características encaixavam no estilo de jogo. E eu estou aproveitando da melhor forma. Como temos um lateral muito ofensivo, nem sempre precisamos de um ponta."
Torcida são-paulina
“A torcida tricolor é a mais popular do Brasil, eu tenho certeza. O que eles fizeram na nossa saída para o Rio de Janeiro foi loucura. Eu nunca vi aquilo, de verdade. Tinha gente com a camisa do São Paulo em todo lugar. Naquele dia, a Marginal estava toda parada, um comboio de motos seguindo a gente. Foi uma loucura, ontem também uma festa linda. Nem nos meus melhores sonhos pensei que seria desse jeito.”
Elenco ‘merecia’
“Quando começou o mês, a gente foi eliminado pela LDU e no vestiário eu falei que a gente terminaria o mês sorrindo. E deu certo, trabalhamos muito. Essa equipe sofreu demais, foram duas derrotas em finais difíceis de superar [Paulistão, para o Palmeiras, e Sul-Americana para o Del Valle]. Que bom que a gente conseguiu, que bom que deu certo. Esse grupo merece demais.”