Afastado dos gramados desde que deixou o Grêmio em outubro, Luiz Felipe Scolari disse no Jogo Aberto desta quarta-feira (22) que não pensa em aposentadoria no momento.
“Tenho recebido propostas, principalmente do exterior e do mundo árabe”, destacou Felipão, que tem 73 anos e em janeiro completa quatro décadas na profissão.
“Não parei ainda e estou pronto. Tenho uma comissão técnica muito boa, bons trabalhos e vamos ver o que vai acontecer. Possivelmente eu saia do Brasil por mais um tempo”, completou.
O experiente técnico, que projetou trabalhar por mais “um ou dois anos”, falou ainda sobre a “invasão” de treinadores estrangeiros no Brasil e se um gringo poderia assumir a seleção.
“Acho que devemos estar prontos para isso. Quem tem qualidade não interessa a nacionalidade. Mas vejo uns sete, oito nomes de treinadores mais jovens do Brasil com propensão para serem grandes técnicos em dois, três, quatro anos”, afirmou.
Ao comentar o sucesso de portugueses no Brasil, Felipão, que brilhou no comando da seleção europeia entre 2003 e 2006, apontou uma diferença que considera fundamental entre os profissionais daqui e de lá.
“Em Portugal os treinadores são muito mais unidos. Não tem vaidade entre os colegas de profissão. Aqui é difícil ver um grupo de cinco, de dez técnicos que conversem, tenham amizade e trocam dados”, lamentou.