Integrante da Mancha se entrega e número de presos por emboscada chega a 13

Por Estadão Conteúdo

"Um dos homens procurados por envolvimento em uma emboscada a torcedores do Cruzeiro se apresentou no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta terça-feira (10)", informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em nota. "O mandado de prisão temporária foi cumprido e ele está prestando depoimento. Outras 12 pessoas já haviam sido presas por suspeita de participação no crime. A investigação segue em sigilo para o total esclarecimento do caso."

Mais conhecido como Leandrinho, o integrante da uniformizada palmeirense foi identificado após a análise de gravações de vídeo que mostram o ataque aos ônibus dos cruzeirenses, dia 27 de outubro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, no sentido de Belo Horizonte. Ele não tem passagem policial e ficará em prisão temporária por 30 dias.

Em contato com a reportagem, Gilberto Quintanilha, advogado de defesa de Leandro, afirmou que não vai fazer nenhum pronunciamento enquanto as investigações não forem concluídas e ressaltou que o processo continua em segredo de justiça.

Dos 13 torcedores presos até agora, 10 foram detidos no dia 3. Jorge Luís Sampaio, que renunciou ao cargo de presidente da Mancha Alviverde nesta segunda-feira, deve se entregar nos próximos dias, conforme informado em comunicados divulgados por sua defesa e pela torcida organizada. Sampaio é considerado foragido pela Justiça.

A emboscada terminou com a morte de José Victor Miranda, de 30 anos. Ele integrava um grupo da Máfia Azul de Sete Lagoas (MG). Miranda chegou a ser internado no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, em estado gravíssimo em decorrência de ferimentos de queimaduras e não resistiu. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atendeu a ocorrência no dia, foi ateado fogo em um dos ônibus dos cruzeirenses.

Cruzeiro e Palmeiras se enfrentaram no dia 4, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) determinou que a partida fosse realizada com portões fechados, apesar de manifestação contrária dos clubes e do Ministério Público de Minas Gerais. Os paulistas venceram por 2 a 1.

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