Durante uma entrevista cedida à Rádio Bandeirantes, a ex-atleta deixou claro que a modalidade poderia ter atingido um outro nível no Brasil. "Minha geração não foi bem utilizada no âmbito da gestão. A gente estimulou a prática do esporte mas não houve uma continuidade", pontuou.
De acordo com a rainha do basquete, a falta de preparação e investimento nas categorias de base é o grande problema do esporte no país, que não tem conseguido atingir bons resultados com o adulto. "A gente está em um período de construção e precisamos entender que essa gestão está fazendo um trabalho de médio e longo prazo, para daqui 10 ou 15 anos. Não acredito que venha uma medalha antes disso", completou.
Hortência é uma das maiores atletas do basquete nacional, já foi considerada a melhor jogadora de copas do mundo da FIBA e chegou a entrar para o Hall da Fama do Basquetebol Feminino. Além disso, fez parte da seleção feminina dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, quando a seleção feminina conquistou a única medalha de prata e a melhor colocação na competição.
Tendo em vista as últimas gerações do basquete no país e comparando com sua trajetória, Hortência deixou claro para a nova geração: "O mais importante é escolher uma modalidade que você se apaixone por ela. Quando se joga por amor a chance de crescer é muito maior. Se você tiver dom, oportunidade e existir uma boa gestão da modalidade você vai conseguir chegar lá”.