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Há 30 anos, doping antecipava adeus de Maradona com a Copa do Mundo e Argentina

Craque teve de abandonar torneio sem saber que vestiria camisa do país pela última vez

DA REDAÇÃO

Há 30 anos, doping antecipava adeus de Maradona com a Copa do Mundo e Argentina
Reprodução: FIFA

Há 30 anos, naquele 25/06/1994 em Massachusetts, o fim de uma relação eterna: Maradona e Argentina. O craque entrava pela última vez no gramado para defender a camisa do país no maior palco do futebol, em partida válida pela Copa do Mundo nos Estados Unidos.

Com início turbulento na classificatória para o Mundial, Maradona chegava em terras norte-americanas já imortalizado e com 'status' de Dios (Deus) para o povo argentino. Oito anos antes, seria ele o personagem principal para colocar na camisa albiceleste a segunda estrela, no bicampeonato conquistado no México em 1986.

A estreia dos argentinos não poderia ser melhor. Enfrentando a Grécia de poucos destaques individuais, um sonoro 4 a 0 com direito a gol e comemoração efusiva de Diego ao correr e gritar na direção da câmera de transmissão da partida. Com o jogo já resolvido, o dez, naquela altura com 33 anos, chegou a ser poupado nos últimos minutos da partida dando lugar para Ariel Ortega.

O jogo seguinte, diante da Nigéria, começaria mais desafiador. Saindo atrás no placar, a Argentina encontrou nos pés de Maradona e Caniggia a solução para a segunda vitória no torneio. Com assistência de Diego, o camisa sete anotou duas vezes para selar a virada e adiantar a classificação para o mata-mata.

No entanto a surpresa: ao final da partida contra a seleção africana, Maradona é abordado por uma enfermeira que leva o craque argentino “de mãos dadas” aos acessos internos do estádio. 

Horas mais tade, a oficialização: Diego estava fora do Mundial por testar positivo no doping. Um final inusitado, uma despedida melancólica e que para muitos, marcou "o começo do fim" da carreira de Maradona. Por parte do craque argentino sempre foi negado qualquer uso de drogas ilícitas durante a competição. 

A classificação ao mata-mata para seleção de Diego chegaria pelo critério de melhor terceiro colocado, mas não teria vida longa nos Estados Unidos. Já sem o protagonista, os argentinos perderiam o último jogo da fase de grupos para Bulgaria por 2 a 0. Enquanto nas oitavas de final, outra vez sem o camisa dez, a Argentina foi eliminada para Romênia de Hagi por 3 a 2.

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