Gustavo Scarpa sofre prejuízo milionário com criptomoeda: veja o que se sabe

Jogador colocou mais de R$6 milhões em gestora de investimentos, tentou resgatar valores no final de ano passado e não recebeu o dinheiro

Da redação

Gustavo Scarpa em partida pelo Palmeiras
Cesar Greco/Palmeiras

O jogador de futebol Gustavo Scarpa comentou sobre o prejuízo que teve ao investir R$6,3 milhões em criptomoedas nesta segunda-feira (13).

O atleta se manifestou publicamente pela primeira vez sobre a perda financeira, causada por empresa indicada por William Bigode, com quem jogou no Palmeiras. Na publicação, Scarpa rebateu o ex-colega de time ao escrever que realmente precisa orar mais.

O post é uma referência a uma mensagem enviada pelo amigo para Scarpa, que foi divulgada por programa de televisão neste domingo (12). Diante da reclamação de que se tratava de seu patrimônio, Bigode orienta o jogador a fazer uma oração:

“Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão. Questão que agora é orar. Fazer o que eu sei. Agora é esperar no senhor”.

O que aconteceu com Gustavo Scarpa?

O atual jogador do Nottingham Forest, da Inglaterra, investiu R$6,3 milhões na empresa Xland, que gere investimentos em moedas e ativos virtuais. A gestora foi indicada por William Bigode, com quem jogou no Palmeiras. Scarpa começou a investir os valores em junho de 2020.  

Em agosto do ano passado, o jogador tentou resgatar parte de seu dinheiro e não conseguiu, o que levantou a suspeita de golpe. A promessa era de que o lucro poderia chegar a 5% ao mês, valor muito acima dos rendimentos disponíveis no mercado.  

Também colegas de Palmeiras, os jogadores Mayke e Weverton investiram com a empresa. Além da Xland, Scarpa e Mayke processam outras duas companhias: WLJC e Soluções Tecnologia. 

Juntos, eles tentam reaver mais de R$10 milhões investidos. A WLJC tem William Bigode como sócio proprietário.  

O Ministério Público do Acre (MP-AC) investiga a Xland por suspeita de pirâmide financeira. Segundo nota do órgão, a empresa prometia lucros exorbitantes às custas de dinheiro pago por outros investidores, ao invés de receita gerada pelo negócio - tipo de operação chamado de esquema de Ponzi.  

Além disso, a empresa, que tem filial em Rio Branco, responde a três processos na Justiça acreana, sob acusações de calote aos investidores.

Em nota a uma emissora de televisão, Willian Bigode negou as acusações, disse que também é vítima de um golpe e que teria perdido R$17,5 milhões investindo em criptovativos. O jogador afirma que não recebeu o resgate de valores, que solicitou em novembro do ano passado.

Os sócios da Xland afirmam que estão à disposição para cooperar com todas as autoridades e para esclarecer todas as dúvidas em relação aos procedimentos jurídicos que serão adotados para honrar o pagamento dos clientes.

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