O título da temporada 2021 foi o primeiro de Gabriel Casagrande na Stock Car. E o paranaense da equipe A. Mattheis/Vogel já sabe como vai comemorar.

“Muito churrasco”, disse. “Muito churrasco e sertanejo.”

Com 378 pontos, Casagrande superou a concorrência de Daniel Serra, da RC Competições, que chegou a 353 e ficou com o vice-campeonato. De quebra, coroa o 2021 de um piloto que não era visto como favorito no início do ano.

“Quando falavam sobre os possíveis campeões, ninguém colocava o nosso nome. A gente veio, mostrou que é possível, fez esse trabalho. Ano que vem, começa todo mundo do zero, todo mundo empatado. A pressão vai ser que tenho que descolar dos meus concorrentes de novo, como fiz esse ano. Vamos tentar repetir, quem sabe fazer até melhor”, afirmou.

Na etapa deste final de semana em Interlagos, Casagrande largou da pole na corrida 1 e terminou em terceiro lugar. Na segunda, repetiu a posição final e desbancou a concorrência que tinha na briga pelo título – além de Daniel Serra, Thiago Camilo também chegou a São Paulo com chances de conquistar a temporada.

“São dois caras que a gente já sabe o potencial do desempenho que eles teriam aqui. Largar na pole foi muito bom, mas acabei sendo passado pelo Thiago em uma manobra muito boa dele também - eu sendo o mais conservador possível. Depois, no pitstop, a gente acabou perdendo um pouquinho de tempo, o Daniel passou a gente. Meu equilíbrio não estava tão bom, foi uma decisão minha trocar o pneu. Mas deu tudo certo, consegui levar o carro até o terceiro lugar”, analisou, a respeito da corrida 1.

“Na segunda corrida, praticamente a galera foi abrindo caminho. A quantidade de acidente que aconteceu, de batida... Deus foi me livrando de tudo, fui só desviando para chegar de novo em terceiro lugar.”

Novo companheiro de equipe

Gabriel Casagrande correu ao lado de Gustavo Lima em 2021, mas terá um novo companheiro na próxima temporada. Mauro Vogel, chefe da equipe, anunciou o acerto com o argentino Matías Rossi, que correu parte do ano pela Full Time e é dono de cinco títulos na Súper TC 2000.

“Não sei nem se pode falar, mas vem o Matías Rossi, que é um excelente piloto. Vamos fazer um trabalho com o Matías como fizemos com o Gabriel. Estamos estruturando a equipe para termos dois pilotos campeões”, afirmou Mauro Vogel, que já projetava desde o início a presença de Gabriel Casagrande na briga pelo título.

“O Gabriel correu há dois, três anos comigo. Depois saiu, teve temporadas em outras equipes, e agora voltou para a Vogel. A gente conseguiu montar um esquema para ele ser campeão, pensando em campeonato desde a primeira corrida. Essa eu acho que é um fator que contribuiu muito”, acrescentou.

Para o preparador, o título do piloto paranaense é fruto de um trabalho bem feito por todo o time.

“Nós conseguimos montar uma equipe muito forte. Nossa mão de obra, nossos engenheiros. É uma equipe realmente forte”, completou.