"Textor não é tão maluco assim", diz empresário em CPI de Manipulação de Jogos

William Rogatto afirmou que dono do Botafogo tem razão em seus fundamentos

John Textor, dono da SAF do Botafogo
Vitor Silva/Botafogo

Na última terça-feira, 9, e empresário William Rogatto prestou depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas e afirmou que John Textor, dono da SAF do Botafogo, tem razão em seus argumentos.

Segundo o empresário, que afirmou ter rebaixado ao menos 42 times, as pessoas que trabalharam para ele agiram contra o dono da SAF, por isso, Textor estaria certo e questionar as decisões nos Campeonatos Brasileiros de 2022 e 2023.

"Vocês falaram do John Textor, não é? Não sei as provas que John Textor tem, tá? Mas uma coisa eu posso falar: as pessoas que trabalharam para mim também trabalharam contra ele nesse campeonato, e as pessoas falam que não. Não estou aqui para enfrentar… Leila [Pereira, presidente do Palmeiras], não quero te enfrentar jamais, não estou falando que você fez ou não, está bom? Mas eu te garanto que o John Textor não está totalmente errado. Mas, enfim, é só pra você entender a dimensão em que está o futebol, cara. Entende? O que o chamam de louco, ele não é tão louco assim", disse.

Investigado na Operação Fim de Jogo, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), e na Operação Jogada Ensaiada, conduzida pela Polícia Federal, Rogattto afirmou que o esquema de manipulação dos jogos existe há mais de 40 anos e que a “hipocrisia maior do mundo está em ter um clube de futebol hoje e ser patrocinado por uma casa de aposta”. 

“O sistema é muito além disso, os grandes não vão cair nunca. Estamos falando de dentro da CBF, de dentro das federações, tenho provas e vídeos. Isso não vai dar em nada, vai fazer vítimas do sistema e, no final, não vai acabar porque não é de agora. Isso existe há mais de 40 anos, eu fiz parte do sistema. Se eu tiver que pagar, vou voltar para o Brasil e pagar. Eu sou só apenas uma ferramenta, o mundo do futebol é muito mais do que a gente pensa. Não vai dar em nada, a gente vai passar por isso, nunca vai acabar, a maior máfia está dentro da federação”, disse aos senadores.

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