Jogadores do Flamengo fizeram motim contra preparador físico, diz Neto

Apresentador Neto fez duras críticas ao profissional e disse que o elenco exigiu a demissão

O caso de agressão do ex-preparador físico do Flamengo, Pablo Fernandez, contra o atacante Pedro após a partida contra o Flamengo foi tema do Apito Final da noite deste domingo. O apresentador Neto fez duras críticas ao profissional e disse que o elenco exigiu a demissão, fato que aconteceu nesta tarde.

"Um cara deu um soco na cara de um menino que não faz mal pra ninguém, que é jogador de Copa do Mundo, se sentiu no direito de dar um soco em um jogador do Flamengo. Foi mandado embora porque os jogadores fizeram motim. Se fosse dar treino amanhã, ninguém iria entrar", afirmou o ex-jogador no Apito Final.

"O Gerson pegou e jogou ele (Fernandez) fora, pegou ele pela camisa e jogou no drywall (local das entrevistas coletivas). Os jogadores todos do Flamengo ficaram horrorizados e só não partiram pra cima porque foram mais inteligentes. Ninguém tem esse direito, não se faz isso com ninguém. A gente precisa ter respeito", disse.

Pedro alega ter sido agredido pelo preparador físico com três tapas e em seguida um soco, todas as agressões no rosto, enquanto falava ao telefone com seus familiares. O motivo da agressão teria sido o fato do jogador não ter seguido orientações para se aquecer no banco de reservas. Neto disse que já viveu situação parecida em sua carreira de jogador e falou sobre o caso.  

"O futebol mudou. O jogador ganha R$ 1 milhão, R$ 2 milhões por mês. Cada um ganha aquilo que foi acordado no contrato. Agora, quando um jogador está no campo e ele não quer aquecer, está errado. Eu já fiz isso em começo de carreira e o treinador não me colocou no próximo jogo, eu fui cortado. Mas não teve agressão. Esse é um idiota, um imbecil, e já fez isso antes no Olympique de Marselha, quando agrediu um torcedor que invadiu o estádio", disse.

A jornalista Marília Ruiz também falou sobre o caso e as críticas sobraram também para o técnico Jorge Sampaoli. "Uma agressão a um profissional de trabalho no Flamengo, na Bandeirantes, no supermercado, numa padaria, numa farmacia, é justa-causa. Mas o que vai acontecer com o Pedro a partir de agora? Essa situação do Pedro sentado no banco tem gerado areia nessa relação há muito tempo. Na quarta-feira, Pedro e Sampaoli já tinham se estranhado após o fim do jogo quando o Pedro tinha perdido um gol no finalzinho, como se o Gabigol não tivesse perdido um pênalti. Se tem uma coisa que o Sampaoli não tem reconhecidamente é uma boa gestão de grupo. Vê se o Messi quer o Sampaoli de volta à seleção argentina".

A jornalista Lívia Nepomuceno também foi na mesma linha e citou outras polêmicas da comissão de Sampaoli em outros trabalhos. "O filho desse preparador já tentou agredir um repórter na semana passada. É uma comissão técnica em que ninguém deixa saudades por onde passa. Foi assim no Olympique de Marselha, no Santos, no Galo, na seleção da Argentina. Tem alguma coisa acontecendo e que precisa ser estudada. Se chegou à agressão, é porque estava acontecendo há muito tempo. Isso foi só o estopim. Se chegou a esse ponto de ficar quente, acho que está muito claro que existia uma rusga muito grande entre comissão e jogador. Agora nada justifica o que ele fez", disse.

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