Após a polêmica na partida entre Palmeiras e São Paulo pela Copa do Brasil, que terminou coma a eliminação do time alviverde da competição, o presidente da arbitragem, Wilson Seneme, em entrevista ao Globo Esporte, alegou que não foi possível traçar a linha do VAR no lance polêmico que acarretou o pênalti a favor do São Paulo, pois a máquina havia sido resetada.
Em nota oficial nesta terça-feira (19), Leila Pereira falou sobre a indignação com o ocorrido que culminou na desclassificação do Verdão: “Não é de hoje que o futebol brasileiro vem sofrendo com as mazelas da arbitragem, mas o Palmeiras entende que chegamos ao fim da linha. Não resta mais qualquer dúvida de que houve erro de protocolo na arbitragem do jogo contra o São Paulo. Assim como não há qualquer dúvida de que o atleta da equipe adversária estava em posição de impedimento, algo que a tecnologia detecta com extrema facilidade. ”
Leila falou também sobre punição da equipe de arbitragem envolvida na partida: “A partir deste ponto, o Palmeiras deseja que este lamentável episódio tenha sido um divisor de águas na história da arbitragem no Brasil e pede que todos os envolvidos neste triste acontecimento sejam punidos de forma exemplar pela CBF, que tem também o dever de trabalhar pela profissionalização dos árbitros do país.”, completou.
Veja nota completa:
Venho a público demonstrar a minha total indignação com o fatídico evento que culminou na desclassificação do Palmeiras da Copa do Brasil. Não é de hoje que o futebol brasileiro vem sofrendo com as mazelas da arbitragem, mas o Palmeiras entende que chegamos ao fim da linha.
Não resta mais qualquer dúvida de que houve erro de protocolo na arbitragem do jogo contra o São Paulo. Assim como não há qualquer dúvida de que o atleta da equipe adversária estava em posição de impedimento, algo que a tecnologia detecta com extrema facilidade.
Em razão desses fatos inequívocos, podemos afirmar que o Palmeiras sofreu prejuízos esportivos e financeiros irreparáveis e de gravidade extrema.
Aquilo que podia ser feito, o clube fez. Enviou um ofício à CBF ressaltando a gravidade dos fatos e um novo ofício ao tomar conhecimento do áudio do VAR.
Hoje, contudo, fomos surpreendidos com uma desastrada declaração do presidente da Comissão de Arbitragem, sr. Wilson Seneme, de que não seria possível checar o impedimento do atleta do São Paulo, conforme solicitamos, por ter sido a máquina “resetada”.
Não há mais medidas jurídicas que o Palmeiras possa tomar. Não houve erro de direito; houve, porém, irreparável e gravíssimo erro de fato.
A partir deste ponto, o Palmeiras deseja que este lamentável episódio tenha sido um divisor de águas na história da arbitragem no Brasil e pede que todos os envolvidos neste triste acontecimento sejam punidos de forma exemplar pela CBF, que tem também o dever de trabalhar pela profissionalização dos árbitros do país.
Desta vez, o prejudicado foi o Palmeiras. Se não houver uma drástica mudança, cada vez mais times serão lesados, com perdas inestimáveis. E com isso se esvai a credibilidade do nosso futebol, que já vem sendo questionada há muito tempo.
Imbuídos do sentimento coletivo que vem crescendo nos clubes, vamos buscar todos juntos a mudança. Somente assim, engrandeceremos e geraremos mais valor para o futebol brasileiro.
Leila Pereira