Justiça da Suíça anula condenação do técnico Cuca por estupro

Apesar da anulação da condenação, o treinador não foi inocentado

Da Redação

O Tribunal Regional de Berna, na Suíça, anulou a sentença que condenou, em 1987, o ex-jogador e treinador Alexi Stival, o Cuca, por ter mantido relações sexuais com uma menor de idade.

A defesa do treinador pedia um novo julgamento, alegando que Cuca havia sido condenado à revelia, sem uma representação legal. A argumentação chegou a ser aceita pela juíza Bettina Bochsler, no dia 22 de novembro de 2023.

Porém, o Ministério Público suíço disse não ser possível um novo julgamento já que o caso havia prescrito e recomendou a extinção do processo, anulando a pena do treinador brasileiro.

Com a anulação do processo e extinção da pena, Cuca não chega a ser inocentado pelo caso.

O último trabalho de Cuca foi no Corinthians, onde comandou a equipe por dois jogos e deixou o cargo após a pressão de torcedores devido a condenação do treinador.

Entenda o caso:

A polêmica com Cuca teve início em 1987, quando ainda era jogador e o Grêmio participou de uma excursão pela Europa.

Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi foram detidos na Suíça sob a alegação de terem tido relações sexuais com uma garota de 13 anos sem consentimento.

Em depoimento, a vítima, Sandra Pfäffli, afirmou ter ido com amigos ao quarto dos atletas para pedir uma camisa do Grêmio. Na sequência, eles teriam expulsado os colegas dela e a forçado a manter relações sexuais durante 30 minutos.

De acordo com apuração do blog da Marília Ruiz, do “UOL”, consta nos registros policiais e nos autos do processo que a vítima jamais identificou ou apontou Cuca como um dos seus agressores.

À época, os quatro jogadores ficaram detidos por quase um mês e prestaram depoimento mais de uma vez. Em seguida, retornaram ao Brasil.

Dois anos depois, Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência.

Fernando Castoldi foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, eles nunca cumpriram a pena.

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