Há 51 anos, o Botafogo disputava a semifinal da Libertadores pela última vez em sua história. Em 1973, a competição tinha outro formato e a semifinal acontecia em um formato de triangular.
Em entrevista ao Esporte na Band, o volante Carlos Roberto, titular do Glorioso na época, citou que a eliminação do Botafogo foi uma decepção. No grupo com Colo-Colo e Cerro Porteño, o time carioca ficou em último.
“Todos os jogos eram importantes e marcantes. A gente sabia que tinha que chegar na final e foi realmente uma decepção muito grande, né? Porque a gente teve uma um resultado muito ruim no Maracanã contra o Colo-Colo e nós já tínhamos jogado bem lá em em Santiago, mas era uma coisa impressionante", disse.
Para avançar à final, o Glorioso precisava ficar em primeiro no seu chaveamento, mas conseguiu apenas vencer o Cerro e empatar contra o Colo-Colo e, por isso, não teve pontuação suficiente.
Carlos Roberto também relembra que a arbitragem era muito complicada, principalmente contra os times brasileiros:
“Desculpa não, mas os juízes não eram fáceis, né? Não eram fáceis contra os times brasileiros e a gente foi a muito prejudicado com com o juiz”.
Além das partidas complicadas e juízes que prejudicavam os clubes brasileiros, o Botafogo passou por problemas internos. Carlos Roberto relembra que o grupo era bem entrosado, mas alguns dirigentes tinham problemas com o time.
“É realmente tinha um desentrosamento, mas não dos jogadores, mas na época de alguns dirigentes com o próprio grupo, entendeu? No que diz respeito a essa falha de gestão, né? Em que já de muitos e muitos anos que vinha com aqueles problemas de de salários atrasados e aqui o gerava também mais em disciplina dentro do grupo”, completou.
Nesta quarta-feira, 23, o Botafogo volta à semifinal e vai enfrentar o Peñarol pelo jogo de ida, no Nilton Santos, às 21h30 (horário de Brasília). O Glorioso chegou nesta fase após eliminar o Palmeiras e São Paulo, no mata-mata.