Na tarde deste sábado (18), o Cássio fez sua despedida do Corinthians. A coletiva teve promessa de Augusto Melo em construir busto em homenagem ao goleiro, agradecimentos ao ídolo do Corinthians.
Sem mencionar a próxima etapa da carreira, Cássio iniciou agradecendo o tempo no Corinthians. Nos 12 anos e 5 meses defendendo o Timão, ele destacou algumas das defesas memoráveis, como na conquista da Libertadores em 2012, além do carinho pela torcida e a trajetória no clube.
Quando perguntado sobre a decisão de deixar o clube, o goleiro deixou claro que, apesar do Corinthians ter oferecido um contrato de renovação por mais dois anos, foi o momento para "seguir o caminho", e que está "tranquilo" com a decisão. Ele também destacou que a razão da saída não foi por ter perdido a titularidade para Carlos Miguel.
"Eu já fui banco outras vezes, e fiquei e trabalhei por 12 anos aqui. Não tive problemas com treinadores, e sempre fiz de tudo para ajudar".
Cássio chegou a dizer que teve outras propostas no início do ano, mas que não se sentia "no momento" de deixar o Corinthians. Agora, ele sai e enxerga o ciclo no clube como encerrado.
"Preciso encarar novos desafios, passar por outros clubes. Eu já estava adaptado aqui, mas é legal sair bem, e acho que chegou esse momento". Mesmo com a fala, o arqueiro, que não ainda não pensa em aposentadoria e espera jogar mais três ou quatro temporadas, admitiu não ter assinado um contrato com outros clubes.
O goleiro também respondeu perguntas sobre o companheiro Carlos Miguel, agora titular absoluto do Corinthians: "É um cara de muita qualidade, tem jogado bem e tem muito potencial. Temos uma amizade muito boa, nunca tivemos problema, ele tem uma história de vida de superação".
E falou sobre ainda não ter noção da grandiosidade dele para o time: "acho que se eu tivesse noção, ou tivesse me apegado a isso, não teria construído tudo isso. Sempre me dediquei ao momento. Claro que sei do carinho que tenho e recebo, mas mantenho os pés no chão".
Cássio mencionou a possibilidade de uma saída apenas no final do ano, com direito a jogo de despedida e um último contato com os torcedores. Mas, para ele a coletiva foi o suficiente, e que está feliz com tudo o que viveu no Corinthians. O ídolo também não se queixou da cobrança que vinha sofrendo por parte da torcida, e que saiu "pela porta da frente, em paz, com tudo acordado".
Ao final da coletiva, ele recebeu mais uma série de homenagens dos servidores e da diretoria do Corinthians. Ele terá sua mão eternizada no memorial do CT Joaquim Grava e um busto, prometido pelo presidente Augusto Melo.