Copa do Mundo

Neymar, Sócrates e outros: relembre o posicionamento político dos jogadores

Confira lista e relembre o posicionamento político de grandes nomes do futebol nacional e internacional

Brenda Mendes

Há quem diga que política e futebol não se misturam, mas em diversos momentos da história os dois estiveram lado a lado.

Após uma longa e acirrada campanha, o Brasil elegeu um novo presidente: Luiz Inácio Lula da Silva, que derrotou Jair Bolsonaro. Com a Copa do Mundo batendo à porta, o posicionamento de alguns atletas deu o que falar.

Apesar do afastamento de Neymar da política, que nunca foi ativo, o atacante da Seleção Brasileira declarou seu voto em Bolsonaro e causou polêmica.

Diferente do jogador do Paris Saint-Germain, outros atletas brasileiros e estrangeiros sempre deixaram suas posições e intenções claras. É o caso de Sócrates, Casagrande, Cantona e outros.  

Conheça o posicionamento político de alguns craques:

Neymar

Maior craque brasileiro dessa geração, Neymar nunca foi um jogador ligado às questões políticas. Nas eleições de 2022, porém, o atacante declarou voto em Jair Bolsonaro postando um vídeo em que aparece fazendo uma dancinha em homenagem ao candidato da extrema-direita. Na reta final, Neymar chegou a participar de uma live da campanha do presidente.

Sócrates

Capitão da Seleção Brasileira na Copa de 1982 e um dos líderes da Democracia Corinthiana, Sócrates sempre se envolveu em questões políticas. Ele e outros integrantes do clube lutaram ativamente pelas Diretas Já, na década de 1980, contra a ditadura militar.

Caszely

Sem nunca ter escondido seu apoio à "Unidad Popular”, partido de esquerda, um dos maiores ídolos chilenos, Carlos Caszely jogou a Copa do Mundo de 1974, mas ficou de fora de 1978 por motivos políticos. Em 1974, sua mãe foi torturada por militares, e o jogador se recusou a cumprimentar o ditador Augusto Pinochet antes da Copa do Mundo da Alemanha.

Afonsinho

Afonsinho foi um jogador do Botafogo que acionou a Justiça por ser impedido de jogar durante a ditadura militar. O clube considerava seu cabelo comprido e sua barba, "subversiva". Na Justiça, o jogador conseguiu o passe livre e se tornou uma figura de resistência.  

Cantona

O brilhante ex-jogador francês sempre foi movido por suas convicções ideológicas. Lutando contra o racismo e a xenofobia, Cantona produziu documentários sobre esses assuntos. Dentro de campo ele protagonizou uma voadora em um torcedor do Crystal Palace após ouvir falas xenofóbicas.

Casagrande

Convocado para a Copa do Mundo de 1986 e companheiro de clube de Sócrates, Casagrande lutava contra a repressão no país integrando a “Democracia Corinthiana”. Mesmo após o fim do movimento, o ex-jogador se manteve ativo na política, se posicionando e criticando as autoridades, inclusive na época de comentarista na televisão.

Paulinho

O cria do Vasco é umbandista, filho de Oxóssi e sempre que pode se posiciona nas redes. Sem medo, em 2022 ele declarou apoio a Lula nas eleições e criticou os jogadores bolsonaristas, que são a grande maioria no universo do futebol.  

Juninho Pernambucano

Convocado para a Copa de 2006, Juninho já deu diversas entrevistas comentando seus posicionamentos. De esquerda, o ex-jogador diz que o futebol despertou sua consciência política. Neste ano, ele participou ativamente da campanha de Lula nas redes sociais e posou para uma foto fazendo o “L” com os dedos.

Daniel Alves

Figura consolidada dentro da Seleção Brasileira, Daniel Alves esteve presente nas Copas de 2010 e 2014. Em outubro, o lateral declarou em suas redes sociais o apoio a Jair Bolsonaro e fez críticas aos governos do PT.

Raí

Convocado para a Copa do Mundo de 1994, o ídolo são-paulino esteve presente na cerimônia de premiação da France Football este ano. Na ocasião declarou seu apoio ao então candidato a presidente Lula fazendo o “L” ao apresentar o prêmio Sócrates, que é dedicado a atletas comprometidos com projetos sociais e de caridade . O ex-atleta recordou a memória de seu irmão, reforçando o lado que o Doutor corintiano estaria.  

Maradona

Campeão da Copa do Mundo de 1986, o ídolo argentino dos gramados nunca se esquivou da política. Maradona sempre foi muito ativo e se posicionou contra o imperialismo dos EUA e da Inglaterra. Amigo de Fidel Castro, o craque tatuou o rosto do líder cubano ao lado de Che Guevara em sua perna.  

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