Em postagem no Twitter, a Associação de Futebol do País de Gales anunciou que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) atendeu o pedido da seleção galesa e liberou a torcida a usar itens com as cores da bandeira da comunidade LGBTQIA+ no jogo contra o Irã, na Copa do Mundo do Catar, que foi realizado na manhã desta sexta-feira (25) e terminou com vitória do Irã, por 2 a 0.
Segundo a publicação do órgão que coordena o futebol do País de Gales, a Fifa deu o aval positivo para que os torcedores utilizassem bandeiras com arco-íris e o chapéu, que foi nomeado como “Rainbow Wall”, que representa a comunidade LGBTQIA+.
“Em resposta à FAW, a FIFA confirmou que os torcedores com chapéus de balde Rainbow Wall e bandeiras de arco-íris terão permissão para entrar no estádio para a partida de @Cymru contra o Irã na sexta-feira”, informaram na publicação no Twitter.
Na continuação, a FAW pediu que a FIFA cumpra a mensagem de que todos são bem-vindos ao Catar durante a Copa do Mundo. “Continuamos com a crença de que o futebol é para todos”, finalizou.
Chapéus Rainbow Wall
Os chapéus da Rainbow Wall foram criados em parceria com a FAW e divulgados em abril de 2021. “O desenvolvimento do Rainbow Wall faz parte do trabalho contínuo de Igualdade, diversidade e Inclusão da FAW. Os co-fundadores do The Rainbow Wall surgiram após uma série de discussões com o Football V Homophobia e a comunidade LGBTQ+ dentro da família do futebol”, informou o órgão na época.
“Ao criar um grupo de apoiadores LGBTQ+, ele fornece uma rede de suporte e um local seguro, que ajudará a incentivar os indivíduos a assistir aos jogos e serem eles mesmos. Também trabalhamos com os clubes do País de Gales para ajudá-los a estabelecer e desenvolver seu próprio grupo de fãs LGBTQ +, que será vinculado ao The Rainbow Wall”, disse Jason Webber, gerente de igualdade, diversidade, inclusão e integridade da FAW.
Campanha One Love
Na última segunda-feira (21), as seleções da Inglaterra, País de Gales, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Suíça e Holanda emitiram um comunicado informando que os capitães dos respectivos times poderiam ser punidos caso utilizassem a braçadeira escrita One Love.
A iniciativa foi proposta com o objetivo de promover a inclusão na modalidade em apoio à comunidade LGBTQIA+. “Não podemos colocar nossos jogadores em uma posição em que possam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões amarelos”, informaram as seleções em nota. No complemento, disseram que estão “muito frustrados com a decisão da FIFA”.