Copa do Mundo

Entenda por que o gol de Timothy Weah, dos EUA, é histórico

Atacante é filho do melhor jogador da história da Libéria, que nunca jogou uma Copa do Mundo

Da redação

Timothy Weah marca primeiro gol dos EUA na estreia
Timothy Weah marca primeiro gol dos EUA na estreia
John Sibley/REUTERS

O jovem Timothy Weah balançou a rede na estreia dos Estados Unidos contra o País de Gales na Copa do Mundo, que terminou com o placar de 1 a 1. O jogador do Lille fez o primeiro gol da seleção nesta edição, algo que seu pai nunca pôde fazer. E só por isso o gol é histórico. 

O atacante é filho de George Weah, o maior jogador da história da Libéria e presença obrigatória no panteão de grandes craques da África e do próprio futebol. Porém, o craque nunca marcou um gol na Copa, e o motivo é a falta de tradição da equipe no maior torneio de futebol do mundo.

George conquistou o mundo em 1995, quando foi eleito melhor jogador da Fifa e ganhou a Bola de Ouro, mas nunca chegou a disputar um mundial porque a Libéria nunca se classificou.

Apesar de não disputar a Copa, Weah sempre esteve na prateleira de cima do futebol, reverenciado principalmente pelos tempos de Milan-ITA. Aposentado, o homem público ganhou o mesma estatura do jogador e, em 2017, Weah foi eleito presidente da Libéria.

Diferente do pai, um centroavante clássico, com faro de gol, Tim Weah joga pelas pontas e tem a velocidade como marca.

O jovem nasceu em Nova York, na época em que a família se fixou na cidade na virada dos anos 2000.

Curiosamente, Tim veio a defender a seleção do país de onde os antepassados liberianos foram praticamente expulsos na primeira metade do século 19.

Na época, motivada por uma paranoia racista em relação aos ex-escravizados, uma fundação chamada American Colonization Society passou a comprar terras na região no oeste da África. A intenção era enviar os negros libertos dos EUA para o território. Assim nasceu, há 200 anos, a Libéria - nome em latim que significa “terra livre”.

Um Weah na Copa 

Nesta segunda, Timothy Weah ainda se tornou o primeiro filho de um jogador eleito melhor do mundo a jogar um Mundial, e honrou a trajetória do pai ao marcar o único gol dos Estados Unidos na partida.

A vitória não veio, mas Timothy conseguiu colocar o sobrenome da família na história da Copa do Mundo. 

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