A Copa do Mundo reúne craques de todo o planeta para defender suas seleções e marcarem história no futebol. Nem sempre é possível levar todos aqueles que são considerados os melhores, seja por uma lesão ou opção técnica. Fizemos uma lista com alguns nomes que se tornaram ídolos em seus clubes, mas nunca disputaram a maior competição de seleções. Confira:
ALEX (Brasil)
Ídolo das torcidas do Coritiba, Palmeiras e Fenerbahçe (TUR), Alex era uma das grandes expectativas para a Copa do Mundo de 2002. O meia vivia grande fase e fazia parte da equipe de Felipão em jogos eliminatórios e outras competições da Fifa, como Copa das Confederações, Eliminatórias e alguns amistosos. Às vésperas da convocação, Alex foi surpreendido ao não ver seu nome na lista. Na época, o craque vivia alguns problemas com a diretoria do Parma (ITA) e teve muitos empréstimos, não se firmando em um único clube e isso custou a vaga da Copa do Mundo de 2002. Alex ainda chegou a jogar Copa das Confederações (2003), Copa América (2004) e eliminatórias da Copa do Mundo de 2006. Apesar disso, Alex não fez parte dos planos do técnico Parreira para defender a Seleção Brasileira no Mundial.
DI STÉFANO (Argentina e Espanha)
O atacante, ídolo do Real Madrid, foi considerado pelo IFFHS (International Federation of Football History & Statistics) o quarto melhor jogador do século XX. Natural de Buenos Aires, Di Stéfano era um dos grandes nomes para jogar as Copas de 1942 e 1946, que não foram realizadas por conta da Segunda Guerra Mundial. Na edição de 1950, por questões políticas, os Hermanos não participaram do Mundial. Mais tarde, em 1956, o atacante se naturalizou espanhol. Nas Eliminatórias de 1958, a Espanha foi eliminada pela Escócia. Em 1962 era a última chance dele no torneio, mas uma lesão o afastou da competição.
HELENO DE FREITAS (Brasil)
Ídolo do Botafogo e com um grande potencial para ser atacante da Seleção Brasileira na década de 40. Talentoso e com faro de gol, Heleno foi peça importante para o Brasil, marcando 13 gols em 18 jogos que disputou. Além de ter conquistado a Copas Roca (1945) e Rio Branco (1947), foi vice-campeão dos Sul-Americanos (1945 e 1946). Por conta da Segunda Guerra Mundial, não houveram edições de Copa do Mundo na década de 40 e com isso, Heleno não conseguiu jogar o maior torneio de futebol do mundo.
RYAN GIGGS (País de Gales)
O meio-campista é um dos maiores jogadores do Manchester United (ING), com 947 jogos, campeão de 13 taças da Premier League, duas Champions, Mundiais e tantos outros títulos. Na Seleção de Gales, o atleta atuou em 64 jogos e marcou 12 gols. Os números não foram suficientes para o atleta classificar seu país para alguma Copa do Mundo ou pelo menos uma Eurocopa. Após ficar fora da Euro de 2008, Ryan anunciou aposentadoria da seleção.
GEORGE WEAH (Libéria)
Com passagens pelo Mônaco (FRA), PSG (FRA) e Milan (ITA), o liberiano George Weah nunca disputou uma Copa do Mundo. Considerado como o maior jogador da Libéria, o atacante chegou a defender a sua pátria em alguns jogos, mas sem muito sucesso, dada a pouca tradição da Libéria no futebol. Entre 1995 até 2000, o atleta viveu sua melhor fase, quando atuava no Milan. George Weah se tornou o primeiro jogador africano eleito o Melhor do Mundo pela Fifa e ganhador da Bola de Ouro em 1995. Ele foi o único atleta que ganhou o prêmio da Fifa e nunca disputou um Mundial. Em 2017, Weah foi eleito presidente da Libéria.
DJALMINHA (Brasil)
Djalminha foi formado nas divisões de base do Flamengo. O meio-campista passou também pelo Guarani e fez parte da história do Palmeiras, presente no ataque dos 102 gols marcados em 1996. Em 1997, Djalminha disputou a Copa América e foi campeão, despertando assim o interesse de clubes estrangeiros. O atleta defendeu o Deportivo La Coruña (ESP) de 1997 até 2002. Era cotado para disputar a Copa do Mundo de 2002, porém após um desentendimento, Djalminha agrediu o técnico Javier Irureta com uma cabeçada. Por conta da indisciplina, Felipão não deu oportunidade para o jogador disputar o Mundial.
GEORGE BEST (Irlanda do Norte)
O atacante irlandês foi ídolo do Manchester United (ING). Best começou nos Reds Devils em 1962, aos 17 anos, e ficou até 1974. Foi com ele que começou toda mística da camisa 7 do clube inglês. Considerado um dos maiores jogadores britânicos de todos os tempos, George Best representou sua pátria 37 vezes e balançou as redes em nove oportunidades. Nas Eliminatórias da Copa de 1966, a Irlanda do Norte ficou fora por conta de um empate em 1 a 1 no último jogo, diante da Albânia. Em 1982, os irlandeses conseguiram vaga na Copa do Mundo. Best tinha 36 anos e chegaram a cogitar sua convocação, mas não aconteceu. O jogador, uma espécie de “bad boy” da época, boêmio, alcoólatra e figurinha fácil no jet set londrino, já não tinha mais condições de disputar um Mundial.
PETKOVIC (Sérvia)
Dejan Petkovic é um dos poucos casos de jogador europeu que escolheu passar a maior parte de sua carreira no futebol brasileiro. Com passagens por Vitória, Flamengo, Vasco e Fluminense, o meio-campista foi muito conhecido por seus gols de falta e olímpicos, que eram características fortes do atleta. Devido a alguns desentendimentos com dirigentes do futebol sérvio, Pet teve poucas oportunidades de atuar na seleção do seu país. A não convocação do meia para as Copas do Mundo de 2006 e 2010 foram de extrema surpresa para o torcedor brasileiro, que estava acostumado a ver o jogador atuando em alto nível no país.
IAN RUSH (País de Gales)
Entre idas e vindas, o craque da seleção galesa atuou em 15 temporadas no Liverpool (ING). Em 1984, Rush marcou 32 gols em 41 partidas da Liga Inglesa, e isso lhe rendeu o prêmio da Chuteira de Ouro pela France Football. Ele foi o primeiro britânico a conquistar tal feito. Pela seleção, o atacante teve quatro oportunidades de conseguir uma classificação para a Copa do Mundo, mas os galeses ficaram para trás em todas as chances. Nas eliminatórias de 1982 e 1986, ficaram em terceiro no grupo. Em 1990 não chegaram nem perto e ficaram na última colocação da chave. Havia uma esperança nas eliminatórias de 1994, quando bastaria uma vitória na última rodada, diante da Romênia, em casa. Porém o jogo acabou 2 a 1 para os visitantes, colocando um ponto final no sonho de Rush em disputar uma Copa do Mundo.
NETO (Brasil)
O “Xodó de Fiel”, como ficou conhecido por conta da sua identificação com a torcida corintiana, Neto foi o principal nome do Corinthians campeão brasileiro de 1990 - o primeiro do Timão. O habilidoso jogador se destacava pelas cobranças de falta venenosas e pela forte personalidade e liderança dentro de campo. Nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, Neto foi medalha de prata com a Seleção Brasileira. Havia expectativa da sua convocação para jogar a Copa do Mundo da Itália, porém o técnico Sebastião Lazaroni deixou o craque fora da lista.