Copa do Mundo

Prêmio, entrevista, vestiário: relembre brigas da Bélgica na Copa de 2022

Equipe chegou em alta ao torneio no Catar, mas clima nos bastidores não é dos melhores

Da redação

Equipe chegou em alta ao torneio no Catar, mas clima nos bastidores não é dos melhores
Equipe chegou em alta ao torneio no Catar, mas clima nos bastidores não é dos melhores
Kai Pfaffenbach/Reuters

A Bélgica da Copa do Mundo de 2022 nem de longe lembra a seleção que empolgou o mundo na Copa de 2018, quando passou pelo Brasil e chegou às semifinais, caindo diante da França.

O time comandado por Roberto Martínez vive momentos de crise dentro e fora de campo. Dentro, com tropeços ainda na fase de grupos que colocam em risco a vaga nas oitavas de final. Fora, com um elenco rachado e uma crise surpreendente.

Com três pontos em dois jogos, o time chega à última rodada da primeira fase no terceiro lugar do Grupo F, correndo o risco de ser eliminado prematuramente. Para evitar um vexame, precisa vencer a Croácia, atual vice-campeã mundial, que lidera a chave com quatro pontos.

Independente do desfecho, a crise tem marcado o fim do ciclo de alguns dos jogadores mais experientes da Bélgica, como Jan Vertonghen, Simon Mignolet, Toby Alderweireld, Dries Mertens e Axel Witsel – todos com 33 anos ou mais. E complicam a situação de uma das equipes mais festejadas dos últimos anos nas Copas do Mundo.

Relembre seis confusões que marcam a campanha da Bélgica na Copa 2022:

Ex-namorada

Em 2013, a então namorada de Kevin de Bruyne, Caroline Lijnen, teve um caso com Thibaut Courtois – segundo ela, como resposta a um affair revelado pelo jogador em 2012. O caso só veio à tona em 2014.

Caroline assumiu a relação com o goleiro, que nunca mais manteve um relacionamento cordial com o meio-campista, inclusive na Copa 2022. A relação de Courtois com a ex do companheiro de seleção, no entanto, durou pouco.

Melhor em campo?

A Bélgica estreou no Grupo F com uma vitória por 1 a 0 sobre o Canadá, graças ao gol de Michy Batshuayi. No entanto, foi Kevin de Bruyne quem levou o prêmio de melhor jogador em campo, em votação popular. E nem ele entendeu o resultado.

“Acho que não fiz uma grande partida. Não sei porque me deram o prêmio, talvez por causa do nome”, afirmou o camisa 7, que participou de cinco das nove finalizações belgas no jogo – foi responsável por uma finalização e quatro passes para finalizações.

Sem chances

Em entrevista ao jornal inglês The Guardian, Kevin de Bruyne demonstrou pouco otimismo com as chances de título para a Bélgica. Para o meia, a melhor oportunidade veio em 2018, e foi desperdiçada.

“Sem chance, estamos muito velhos”, afirmou. “Acho que nossa chance era 2018. Temos uma boa equipe, mas que está envelhecendo. Perdemos jogadores importantes. Temos bons jogadores jovens chegando, mas eles não estão no nível em que os outros jogadores estavam em 2018. Vejo a gente mais como azarões.”

Briga no vestiário?

Na segunda rodada, a Bélgica perdeu por 2 a 0 para o Marrocos. Segundo o jornal francês L’Équipe, a derrota foi sucedida por um considerável bate-boca nos vestiários, e até mesmo as declarações da entrevista de De Bruyne entraram no contexto.

Os nomes de alguns dos principais jogadores do elenco foram citados – como Jan Vertonghen, Eden Hazard e Kevin de Bruyne. Coube a Romelu Lukaku separar a confusão.

Até na torcida

É provável que nem mesmo a torcida da Bélgica esperasse a derrota para o Marrocos. Ou que esteja impaciente diante do noticiário negativo que cerca a seleção.

Após o jogo, torcedores provocaram quebra-quebra nas ruas da capital do país europeu, Bruxelas. Carros foram incendiados, e até tiros teriam sido disparados.

Coletiva de emergência

Na terça-feira (29), Thibaut Courtois e Eden Hazard foram escalados de última hora para uma entrevista coletiva. A ideia era colocar dois jogadores experientes da equipe para falar, na tentativa de blindar os jogadores mais jovens. O goleiro deixou claro que o conteúdo do noticiário tem incomodado às vésperas do jogo de quinta-feira (1) contra a Croácia.

“As histórias contadas visam criar um clima ruim dentro do grupo. Como grupo, temos que deixar a negatividade de lado e levar apenas o positivo para preparar o jogo de quinta-feira. O principal problema é ver as coisas nas redes sociais ou nos jornais. Todo mundo leva como verdade tudo o que sai na imprensa. Mas isso são mentiras. Não precisamos descobrir quem colocou essas coisas para fora (...). Somos um time, uma família. Se descobrirmos, é seu último dia na seleção”, afirmou.

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