Quem diria que a seleção que conquistaria o mundo teria um goleiro que dança e tem o cabelo pintado. Depois de parte da torcida e dos cronistas criticarem as comemorações e os cortes dos jogadores brasileiros, quis o destino que o título ficasse com a Argentina e com Emiliano “Dibu” Martínez.
Neste domingo (18), a Albiceleste conquistou o tricampeonato mundial após vencer a França nos pênaltis com o arqueiro sendo mais uma vez decisivo.
Aos 17 minutos do segundo tempo da prorrogação, o arqueiro defendeu o chute à queima-roupa de Kolo Muani. Já nas penalidades, voou para agarrar a cobrança de Coman e fez sua “dancinha” característica mexendo os ombros depois de Tchouameni chutar para longe o terceiro pênalti dos franceses.
"Foi uma partida sofrida. A gente disse que sabia que ia sofrer. Estava 3 a 2 [para a Argentina] e depois teve mais um pênalti, quase mais um gol [da França]... Graças a Deus conseguimos e veio o que sonhei. Não houve outra Copa que sonhei tanto quanto esta", disse Martinez após o jogo, chorando muito com o título.
Nesta edição, o goleiro já havia sido crucial nas quartas de final contra a Holanda, quando defendeu duas cobranças, incluindo a de Van Dijk. Inclusive, a partida quebrou o recorde de mais cartões na história dos Mundiais, com 18, e ficou marcada pelas provocações.
Aos 30 anos, “Dibu” Martínez chegou ao terceiro troféu com a Argentina. Além do Mundial, o arqueiro conquistou a Copa América (2021) e a Finalíssima (2022).