O equilíbrio apontado pela crítica boleira na Copa do Mundo se materializou definitivamente nas rodadas finais da fase de grupo. Nenhuma das seleções avançou para as oitavas de final com três vitórias – ou 100% de aproveitamento. Isso não acontecia desde o Mundial dos EUA, em 1994.
O próprio Brasil, na Copa de 1994, passou com sete pontos – duas vitórias, sobre Rússia e Camarões, e um empate com a Suécia. A boa notícia para os brasileiros é que, mesmo assim, a turma liderada por Romário conquistou o tetra.
A má: em nenhuma das campanhas dos cinco títulos o Brasil sofreu derrota na fase de grupos.
Na Copa do Catar, apenas Brasil, França e Portugal chegaram à última rodada com duas vitórias e vaga garantida. Mas todas foram derrotadas.
Jogando com reservas, o Brasil caiu nesta sexta (2) para Camarões por 1 a 0. Mais cedo, Portugal levou a virada da Coreia do Sul, que avançou e pega a Seleção Brasileira nas oitavas. A França perdeu para a Tunísia – os africanos, porém, ficaram pelo caminho.
Zebras
As eliminações de Alemanha, principalmente, e Bélgica, Uruguai e Dinamarca estão entre as maiores surpresas da Copa do Catar.
Os alemães ficaram em terceiro no Grupo E, que teve a Espanha em segundo e, quem diria, o Japão na liderança.
No Grupo D, a Austrália despachou a Dinamarca e avançou em segundo, atrás somente da França.
Outra surpresa foi Marrocos, que se classificou em primeiro no Grupo E, à frente da Croácia, segunda colocada, e a Bélgica, numa eliminação batizada jocosamente como o “fim da ótima geração belga”.
Por fim, no Grupo H, a Coreia do Sul avançou em segundo, deixando o tradicional Uruguai, bicampeão, em terceiro e fora das oitavas.