A seleção da Colômbia tem uma estrela na Copa do Mundo Feminina 2023. Trata-se de Linda Caicedo, atacante de apenas 18 anos que joga no Real Madrid e já mostrou as credenciais no jogo de estreia.
Linda fez um gol na vitória por 2 a 0 sobre a Coreia do Sul e mostrou por que é a sensação do futebol feminino no país sul-americano. Mas, antes de mostrar o talento com a bola e se transformar em uma das promessas mundiais da modalidade, Caicedo já provou que é também inspiração fora das quatro linhas.
A atacante, que já foi chamada de “Neymar” por causa da velocidade e facilidade com dribles e gols, despontou no profissional em 2019, no América de Cali, quando tinha apenas 14 anos. Ela foi campeã nacional já na primeira experiência em um time principal.
No ano seguinte, Caicedo chegou ao Deportivo Cali, mas teve de superar um drama pessoal para seguir no futebol. Em meio à pandemia de covid-19, em 2020, Linda foi diagnosticada com câncer nos ovários, no auge dos 15 anos. Ela paralisou a carreira, passou por cirurgia e quimioterapia e ficou quase um ano afastada.
Um processo totalmente difícil, que graças a Deus, consegui passar por isso. Minha família estava me apoiando. Eu me lembro que no dia em que eu estava indo para a cirurgia, eles iam colocar o cateter, eu fiquei muito chateada porque talvez não fosse voltar (a jogar bola), poder jogar futebol de alto rendimento – Linda Caicedo.
Recuperada do tumor, a atacante conseguiu retomar a carreira, sendo um exemplo de força e perseverança.
Em 2021, ainda defendendo o Deportivo Cali, ela vestiu a camisa da seleção colombiana pela primeira vez, às vésperas de completar 16 anos.
Os bons desempenhos nos Mundiais das categorias de base e na Copa América do ano passado, em que a Colômbia foi vice-campeã para o Brasil, chamaram a atenção do Real Madrid. O clube merengue contratou a jogadora no início deste ano com contrato de cinco temporadas.
Vale ressaltar que na estreia na Copa do Mundo Linda Caicedo se tornou a jogadora mais jovem a marcar em Mundiais com a camisa da Colômbia. Além disso, tornou-se a segunda jogadora sul-americana mais nova a marcar em Copas, atrás apenas da brasileira Marta, que balançou as redes aos 17 anos, em 2003.