Funeral de Lauda será aberto ao público na catedral de Viena

Cerimônia vai acontecer na próxima quarta-feira, mas o enterro será reservado apenas aos familiares

Do Estadão Conteúdo

Niki Lauda morreu na última segunda-feira
Heinz-Peter Bader/Reuters

O tricampeão mundial de Fórmula 1 Niki Lauda, que morreu na última segunda-feira, aos 70 anos, teve o seu funeral confirmado para ocorre na próxima quarta, na catedral de Viena, onde uma cerimônia que servirá para homenagear o ídolo austríaco será aberta ao público.

Um comunicado divulgado nesta quinta-feira pelo episcopado local e pela equipe Mercedes, na qual ele tinha o cargo de presidente não-executivo na F-1, confirmou que "as pessoas poderão dar adeus a Niki Lauda" e a Arquidiocese de Viena revelou que o seu coral vai cantar durante esta despedida ao ídolo em uma apresentação que poderá ser acompanhada por todos os presentes.

O mesmo comunicado informou que, após o funeral, o ex-piloto austríaco será sepultado em um enterro reservado apenas aos seus familiares. E a confirmação da data e do local do funeral do tricampeão mundial ocorreu no mesmo dia em que a Mercedes dominou os primeiros treinos livres do GP de Mônaco, no circuito de Montecarlo, e o chefe da equipe, Toto Wolff, fez uma homenagem ao ex-piloto e ex-dirigente da escuderia.

"Primeiro de tudo, em nome da equipe e de todos na Mercedes, desejo enviar nossos mais sinceros pêsames a Birgit (esposa do austríaco), aos filhos de Niki, sua família e amigos íntimos. Niki será sempre uma das maiores lendas do nosso esporte - ele combinou heroísmo, humanidade e honestidade dentro e fora do cockpit", escreveu Wolff, por meio de uma carta publicada no site oficial da Mercedes.

"Seu falecimento deixa um vazio na Fórmula 1. Nós não apenas perdemos o herói que protagonizou o mais notável retorno jamais visto, mas também um homem que trouxe clareza e franqueza preciosas à Fórmula 1 moderna. Ele fará uma grande voz como nossa voz de senso comum", completou o líder da equipe alemã.

Principal responsável por tirar Lewis Hamilton da McLaren e levá-lo para a Mercedes no final de 2012, antes de o britânico conquistar quatro dos seus últimos cinco títulos na F-1 pelo time, Lauda vinha sofrendo com problemas de saúde há pelo menos um ano e, em 2018, chegou a ser submetido a um transplante de pulmão e passou dois meses internado. E agora acabou não conseguindo superar esta última batalha pela sua vida.

E a ausência do ídolo como integrante da escuderia que hoje domina a F-1 foi muito lamentada por Wolff nesta quinta-feira. "Nossa equipe Mercedes também perdeu uma luz guia. Como companheiro de equipe nos últimos seis anos e meio, Niki sempre foi brutalmente honesto - e totalmente leal. Foi um privilégio contar com ele em nossa equipe e mudar para testemunhar o quanto significava para ele fazer parte do sucesso da equipe. Sempre que ele andava no andar em Brackley e Brixworth (sedes da Mercedes na Inglaterra), ou fazia um dos seus famosos discursos motivacionais, ele trazia uma energia que ninguém mais poderia replicar", ressaltou.

Por fim, Wolff enfatizou em sua homenagem ao ídolo austríaco: "Niki, você é simplesmente insubstituível, nunca haverá outro como você. Foi uma honra chamá-lo de nosso presidente - e meu privilégio por chamá-lo de amigo".

Em sua vida de muitas batalhas, Lauda também foi submetido a dois transplantes de rim e sobreviveu a um gravíssimo acidente em 1976, quando teve parte do seu rosto queimado durante o GP da Alemanha de F-1, no circuito de Nurburgring, então como piloto da Ferrari, mas conseguiu voltar a competir ainda naquele campeonato e terminou como vice-campeão. Pela equipe italiana, ele foi campeão mundial em 1975 e 1977 e depois faturou o tri pela McLaren em 1984.

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