'É loucura pensar que corríamos sem o halo', diz Félix da Costa após acidente de Wehrlein em SP

Português da Porsche destacou riscos do automobilismo após acidente de companheiro de equipe no E-Prix de São Paulo

Por Emanuel ColombariGabriela SantosBruno Costa

O acidente de Pascal Wehrlein foi um dos principais assuntos entre os pilotos após o E-Prix de São Paulo na tarde deste sábado (7). Em geral, a avaliação foi de que a pancada foi um alerta: o automobilismo, embora mais seguro a cada dia, ainda pode assustar.

A pancada aconteceu na volta 30. Brigando entre os primeiros colocados, Wehrlein disputava posição com Nick Cassidy, mas o neozelandês da Jaguar perdeu a tangência na saída da curva 6. Resultado: o alemão da Porsche acabou espremido e capotou rente ao muro.

“A verdade é que o halo, desde que temos ele todas as categorias, já vimos mais que cinco ou seis acidentes onde ele salvou vidas. É uma loucura pensar como tínhamos corridas antes sem o halo. Mas estou contente com o trabalho da FIA, com toda a segurança nos carros”, elogiou António Félix da Costa, companheiro de equipe de Pascal Wehrlein.

Segundo colocado da prova, o português quis saber as condições do companheiro tão logo cruzou a linha de chegada. Soube que Wehrlein estava bem, mas repetiu o discurso sobre os riscos do automobilismo.

“Foi a primeira coisa que eu perguntei. Acho que é uma lembrança de que nosso esporte é perigoso. Uma lembrança de que temos que correr com respeito por todos. Não estou, de maneira alguma, culpando Nick ou Pascal, ambos são pilotos muito corretos. Estou feliz por ele estar bem, mas é uma lembrança de que isso que fazemos é arriscado e de que precisamos correr com respeito”, disse.

“Nossos carros estão ficando mais rápidos, algumas pistas são estreitas e onduladas. Precisamos saber andar lado a lado. Estou feliz por ele estar bem e por esses carros serem tão seguros”, acrescentou.

O britânico Taylor Barnard, terceiro colocado com a McLaren, reforçou o alerta.

“É ótimo que Pascal esteja bem. Foi uma batida bem assustadora. Eu estava do lado, e ver aquilo acontecendo bem na minha frente foi bem assustador. É uma lembrança, como António disse, que isso é perigoso. Que bom que ele está bem”, declarou.

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