Recentemente o meia Thiago Galhardo, do Goiás, assumiu que torcia para o Flamengo na infância. Ele diz que esse lado torcedor foi esquecido, por causa do profissionalismo com o futebol. Mas não se esquiva ao comentar uma polêmica recente do time dele - Gabigol foi fotogrado vestindo uma camisa do Corinthians e recebeu punições por isso. Em entrevista ao Band.com.br, Galhardo discordou do que fez a diretoria do Flamengo.
“Todos jogadores andam com camisa de time em casa. Eu ando também. Tenho 250 camisas. Vi o jogo do Real com a camisa do Vini Jr. ‘Ah mas é o Real?’. Mas se fosse Flamengo, Vasco, Corinthians, não pode torcer? Eu tenho amigos. Vou assistir à final da Copa do Nordeste com a minha camisa do Fortaleza e estou no Goiás. Eu sou um cara que amo ficar com camisa de time e, se forem lá em casa, vão ver foto minha toda hora com uma camisa. Acho que não foi polêmica nenhuma”.
Galhardo ressaltou que o mais importante é Gabigol respeitar o Flamengo: “É um ídolo. Um cara que nos últimos 6 anos tem 2 Brasileiros, 2 Libertadores, Copa do Brasil, Supercopa, é o maior artilheiro da Libertadores. Aquilo foi um dia de folga em casa e ele não deixa de ser profissional. E se ele for corintiano, qual é o problema? Ele representa com a camisa do Flamengo, com respeito”.
O meia também criticou o fato de muitos jogadores esconderem os times que torciam na infância. Ele entende que isso devia ser visto de outra forma.
Eu já assumi que sou flamenguista publicamente, no fim do ano passado. Eu nunca tive problema. Antes eu escondia só porque as pessoas não conseguem identificar que todo mundo foi criança e tem um passado. Agora cheguei em um momento que posso falar. Não muda nada. Sou profissional e você acaba perdendo a questão de torcer
Perguntado se o torcedor do Goiás devia se preocupar com o fato dele vestir a camisa do Vila Nova, por exemplo, ele disse que é importante mudar o ponto de vista da torcida, para que isso não acirre rivalidades desnecessárias e gere brigas.
“Eu tenho um amigo lá. Henrique Almeida é muito meu amigo. Não teria nenhum problema se tivesse que torcer por ele. É um clássico? É. Quando entrar em campo. O jogo é pra ser jogado. Mas quando um amigo faz gol, não posso ficar feliz por ele? Tem acabar com essa apologia. A gente reclama de torcedores brigarem, mas somos os primeiros a incitar. Olha a pergunta que você fez, está incitando agora. Eu sou Goiás, estou feliz e tenho um amigo lá, que vou estar sempre torcendo por ele”.